
A Faixa de Gaza enfrenta uma crise humanitária sem precedentes, com cerca de 1,7 milhão de pessoas, aproximadamente 75% da população, deslocadas devido ao conflito em curso, conforme revelado em um relatório da UNRWA, a agência de refugiados da ONU. O documento destaca que mais de 900 mil dessas pessoas estão abrigadas em 154 locais superlotados administrados pela ONU, onde a falta de condições sanitárias adequadas propaga doenças, incluindo infecções respiratórias agudas e diarreia.
O deslocamento continua a aumentar, com aproximadamente 20 mil pessoas fugindo no domingo, a maioria chegando de Wadi Gaza em condições precárias, incluindo transporte por burros ou ônibus, enquanto alguns enfrentam a jornada a pé. A UNRWA alerta para a escassez de instalações sanitárias nos abrigos, com uma média de um banheiro para cada 150 pessoas, agravando as condições de vida já precárias.
O relatório também destaca o trágico número de vítimas entre os trabalhadores humanitários da ONU, com 104 empregados mortos desde o início do conflito, configurando-se como o maior número de mortes de trabalhadores humanitários das Nações Unidas em um conflito na história da organização.
Em meio a essa crise, ataques recentes nos campos de refugiados de Nuseirat e Bureij intensificaram a tragédia, resultando na morte de pelo menos 40 pessoas, segundo autoridades hospitalares, com dezenas de outras possivelmente sepultadas nos escombros. O total de mortos em Gaza ultrapassou 12,7 mil, incluindo mais de 5 mil crianças e 3,25 mil mulheres, de acordo com o Ministério da Saúde Palestino na Cisjordânia.
*Com informações da Sputnik News.
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