
A situação humanitária em Gaza atingiu níveis críticos com a intensificação dos combates, resultando em ataques a duas escolas administradas pela ONU no fim de semana. A Unrwa descreveu a situação nos abrigos como “inviável”, destacando que os habitantes de Gaza “não têm opções” de segurança. Desde os ataques do Hamas contra Israel em outubro, centenas de milhares de pessoas fugiram para o sul, seguindo ordens de evacuação do exército israelense. A agência da ONU relatou que 13 de seus locais foram diretamente atingidos, e o diretor da Unrwa enfatizou que os civis estão expostos à ameaça de combates e ataques aéreos.
O êxodo massivo, documentado por imagens de satélite e fotografias, mostra a devastação da região, com famílias carregando seus pertences a pé em meio a edifícios destruídos. A Unrwa revelou que 73 pessoas foram mortas em abrigos até o momento, destacando a falta de opções de segurança para os habitantes de Gaza. Mais de 880 mil deslocados internos buscam abrigo em 154 instalações da Unrwa, enquanto a relatora especial da ONU sobre a Violência Contra Mulheres e Meninas ressaltou que mulheres e meninas sofrem um peso desproporcional do conflito, sendo vítimas de crimes de guerra e genocídio em desenvolvimento.
Em nota separada, a relatora especial Reem Alsalem observou que, desde 7 de outubro, “o ataque à dignidade e aos direitos das mulheres palestinas assumiu novas e terríveis dimensões”. Ela denunciou crimes de guerra e crimes contra a humanidade, apontando que cerca de 67% dos mortos em Gaza, em 3 de novembro, eram mulheres e crianças.
*Com informações da ONU News.
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