Reportagem do Intercept revela que o Banco Itaú aceitou terras do Grupo Horita com garantia de empréstimo; Imóveis rurais estão sob suspeita de grilagem e têm possível conexão com o Caso Faroeste

O Itaú e o mercado financeiro aceitaram 12 fazendas sob suspeita de grilagem, pertencentes ao Grupo Horita, como garantia em uma operação de captação de recursos. Essas terras estão no centro de inquéritos do Ministério Público devido a alegações de grilagem e desmatamento. O valor estimado das propriedades é de R$ 689 milhões, e elas fazem parte de um Certificado de Recebível do Agronegócio (CRA). O CRA Horita IV, coordenado pelo Itaú, busca captar R$ 51 milhões e foi lançado pelo mercado financeiro em julho do ano passado. A presença de terras sob suspeita de grilagem em operações financeiras aumenta os riscos ambientais e sociais associados ao agronegócio. O Grupo Horita também enfrenta diversas ações judiciais relacionadas à grilagem e está envolvido em um esquema de corrupção e grilagem de terras na Bahia.