A violência americana

O desemprego, a falta de recursos financeiros e da cultura, sempre são responsabilizados como os principais motivos para a violência que assola o planeta. Não resta a menor dúvida que esses fatores também são motivos fundamentais para levar alguns indivíduos a esta situação que hostiliza a sociedade em escala retumbante e degenerativa.
Recentemente, nos Estados Unidos da América, uma situação inusitada ocorreu, levando-nos a refletir até aonde esse quadro pode nos levar. O assassinato de 33 pessoas, incluindo o próprio assassino, na Universidade de Tecnologia da Virginia deixou todos os habitantes, não só da América, mas de todo globo terrestre estarrecidos com o comportamento desse jovem coreano de 23 anos de idade e graduando do curso de Literatura Inglesa.
Fatos como esse, ocorrido no último dia 16 de abril, são freqüentes na sociedade Norte-americana, antigamente atribuídos às síndromes pós-guerra, que conduziam os soldados a um isolamento muito intenso, levando-os a uma depressão de grau elevadíssimo. Segundo amigos do franco atirador, ele administrava o uso de drogas antidepressivas, sendo também possuidor de antecedentes criminais. Em perseguição a algumas mulheres, ateou fogo em um quarto do alojamento.
Segundo a Secretária de Estado Norte-americano, Condoleezza Rice, “a liberdade de portar armas é tão importante quanto o direito à liberdade de expressão”.
As universidades americanas são tidas, por seus freqüentadores, como área livre para o uso de armas. Em 1999 em uma escola do Colorado dois estudantes assassinaram 13 pessoas e em seguida suicidaram-se e, como a tragédia da Universidade de Tecnologia da Virginia, não há nenhum relacionamento com síndromes pós-guerras.
Nós, brasileiros, também temos nossas tragédias, nossas balas perdidas e a violência da corrupção que assola o país de norte a sul. Geralmente colocamos a culpa, além do desemprego e da falta de recursos, na impunidade, mas, o que realmente leva os Americanos, habitantes de um país auto-suficiente – teoricamente em todos os setores, não só tecnológico como também social – à prática desses absurdos? Seria ainda o espírito de pioneiros conquistadores do oeste selvagem? Ou o abuso no consumo indiscriminado de drogas, medicamentos psicotrópicos ou até mesmo por serem esses delinqüentes frutos de uma estrutura familiar desequilibrada?
Segundo meu ângulo visionário, o fenômeno motivador desse distúrbio psíquico é derivado da “arrogância americana”, já conhecida por nós nos dramas cinematográficos, e por fatores psicossomáticos unidos à derrocada dos valores da família. Não é atoa que os Estados Unidos carregam, sobre seus ombros, o título de país mais sanguinário do mundo.


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