Rio de Janeiro – Os investimentos públicos do governo federal em favelas do Rio de Janeiro, anunciados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, demonstram uma nova presença do Estado nas comunidades. A avaliação é de Jorge Barbosa, coordenador da organização não-governamental Observatório de Favelas.
Ao participar hoje (03/07/2007) do Programa Redação Nacional, da Rádio Nacional do Rio de Janeiro, Barbosa considerou positiva a iniciativa que, segundo ele, representa a mudança de uma ação militar para uma agenda social de investimentos públicos. “É a mudança de uma agenda que nós vemos com muito bons olhos e já tínhamos no passado apontado nessa direção”.
Para Barbosa, investimentos que garantam condições de vida nas favelas são a melhor solução para enfrentar os problemas de segurança tanto nas comunidades quanto em toda a capital fluminense.
“O estado precisa resgatar sua soberania urbana sobre os territórios populares, implementar uma agenda social ampla, qualificada, na área da habitação, saneamento, saúde e cultura que possa elevar o padrão de vida dessas comunidades aos níveis médios da cidade. Com isso, a partir desses investimentos, o Estado resgata sua soberania e a partir dessa presença legítima pode implementar uma política de segurança que proteja os cidadãos”.
Barbosa destacou, no entanto, que os investimentos públicos precisam ser contínuos e incluir a participação da comunidade. “Não basta projetos pontuais, mas uma agenda social que seja construída com a participação dos moradores da comunidade, discutindo as prioridades de investimento. As representações que lá atuam já têm uma larga experiência de projetos sociais e podem contribuir de forma decisiva para o sucesso dessa agenda”.
Ele também afirmou que os investimentos do governo não podem ser vistos como uma compensação às dores e perdas humanas vividas nas comunidades, em particular à do Complexo do Alemão, e sim como direitos sociais que nunca foram contemplados.
O representante do Observatório de Favelas considerou este um momento de valorização das comunidades. “Apesar de todo o drama vivido, está na hora de superarmos as ações sobre as favelas de forma discricionária e arbitrária e partirmos para uma forma integradora e democrática. Com isso, nós começamos a superar essa falsa dicotomia morro-asfalto, começamos a integrar a
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