Fabinho se reúne com o físico Bautista Vidal e apoia projetos para construção de micro usinas e criação de empresa para gerir o etanol

O vice-líder dos Democratas na Câmara dos Deputados, o deputado Fernando de Fabinho, reuniu-se, em Brasília, com o engenheiro e físico Bautista Vidal, o pai do Programa Proálcool. No encontro, Fabinho se colocou à disposição do pesquisador para defender suas idéias, no que tange à construção de um milhão de micro usinas e a criação de uma empresa de economia mista que gerenciasse a produção do álcool (etanol) e os biocombustíveis em geral.

O físico Bautista Vidal, além de ter criado o Proálcool, é um dos maiores defensores do País dos biocombustíveis como energia para substituir o petróleo, combustível fósseo e não-renovável, que, de acordo com cientistas, geólogos e empresários do setor petrolífero de diversos países, daqui algumas décadas tende a acabar. Fabinho defende que o Brasil crie uma empresa para tratar de assuntos relacionados aos biocombustíveis, como fez o País quando da criação da Petrobras, que administra até hoje a questão do petróleo.

“O petróleo um dia vai acabar. E sabemos que o Brasil, por causa de sua enorme extensão de terras, de seu clima com sol o ano inteiro, com sua vocação agrícola e principalmente seu conhecimento no que concerne aos biocombustíveis, principalmente o etanol, tem grande chances de conquistar enorme fatia do mercado mundial no que se refere ao domínio de novas tecnologias energéticas. Mas, para isso, temos de criar uma empresa similar à Petrobras, que financie nossos pequenos e médios agricultores, no sentido de não permitirmos que firmas estrangeiras comprem terras, plantem cana-de-açúcar, por exemplo, e passem a dominar a distribuição de biocombustíveis, como acontece atualmente com o mercado de petróleo, que está nas mãos dos Estados Unidos” — explica Fernando de Fabinho.

O parlamentar disse que ouviu de Bautista Vidal que esses projetos sobre energia que visam à independência do Brasil são viáveis e necessitam apenas de apoio do Governo Federal para serem implementadas. Fabinho informou ainda que, com a criação de um milhão de micro usinas, o País vai crescer economicamente de forma vertical, porque a produção de álcool tem como subproduto uma grande quantidade de alimentos, já que os proprietários de micro usinas poderão produzir cana e, ao mesmo tempo, alimentar o gado confinado com o bagaço da cana e o vinhoto, além de ter matéria prima para preparar adubo.

Emprego — “As micro usinas são uma grande solução para empregar nosso povo, principalmente o povo do nordeste, do norte e do centro-oeste, que são regiões que têm mais problemas sociais. Uma micro usina que produz 200 litro de álcool por dia permite criar 80 cabeças de gado, que produzem carne e leite. Como conseqüência disso, teremos adubo orgânico, que vai elevar a produtividade agrícola. Outros produtos vegetais como a mandioca, o dendê e a mamona, tal qual a cana, também têm suas propriedades para se transformar em biocombustíveis, cada planta, claro, com suas peculiaridades” — conjectura Fernando de Fabinho.

Fernando de Fabinho disse ainda que o Nordeste e a Bahia esperam que as micro usinas sejam implantadas, e que sem o apoio do Governo Federal será muito difícil que os projetos saiam do papel. Para o político, é fundamental que pessoas como o especialista em energia, Bautista Vidal, sejam ouvidas, porque são elas que têm conhecimento para efetivar projetos tão importantes para a independência do Brasil e de seu povo. Fernando de Fabinho comentou que o Brasil tem a melhor tecnologia do mundo no que é relativo ao etanol, além de ter pessoas que trabalham há 30 anos nessa área. Para ele, basta o Governo querer e não se dobrar aos interesses dos estrangeiros.


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