Fórum aproxima a Bahia dos países africanos de língua portuguesa

Com o objetivo de construir políticas de desenvolvimento e cooperação técnica entre a Bahia e os países africanos de língua portuguesa, o Governo do Estado promove, entre os dias 3 e 4 de dezembro de 2008, o “Fórum África – Brasil – Bahia pela Sustentabilidade das Águas”. O evento reunirá representantes dos Governos Estadual e Federal do Brasil, e dos países Angola, Cabo Verde, Moçambique, São Tomé e Príncipe e da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) no Hotel Fiesta, no Itaigara, em Salvador.

O Fórum África – Brasil – Bahia visa ser um espaço importante de diálogo, dentro da Política de Cooperação Internacional do Estado da Bahia, para os participantes trocarem experiências e conhecerem as políticas dos países no enfrentamento da desertificação e mitigação dos efeitos da seca; das mudanças climáticas; do combate ao racismo ambiental e na gestão das águas, para a garantia de efetivação dos múltiplos usos e a democratização do acesso.

O evento é uma realização do Governo do Estado da Bahia, por meio do Instituto de Gestão das Águas e Clima (INGÁ) e das secretarias de Promoção da Igualdade (Sepromi); do Meio Ambiente (Sema); de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SJDH); de Planejamento (Seplan); de Cultura (Secult); e de Turismo (Setur).

Conta também com o apoio institucional do Governo Federal, através dos ministérios do Meio Ambiente e das Relações Exteriores; do Fórum Nacional dos Órgãos Gestores de Águas e da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). O secretário do Departamento da África do Ministério das Relações Exteriores, Marcelo Câmara, é uma das presenças confirmadas.

A partir das discussões do “Fórum África – Brasil – Bahia pela Sustentabilidade das Águas”, será produzida a Carta de Salvador. O documento será entregue ao governador Jaques Wagner e irá subsidiar a construção das cooperações para as políticas públicas nas áreas social, ambiental e econômica, com foco na sustentabilidade hídrica, socioambiental, etnica-racial e cultural.

“O Fórum será um espaço de interlocução entre os saberes, na perspectiva de garantia da sustentabilidade das águas e na relação entre estes países, que historicamente só tinham relações econômicas e culturais”, afirma o diretor-geral do INGÁ, Julio Rocha. “A Bahia é o mais africano dos Estados brasileiros. Se uns Estados têm proximidade com o Mercosul e outros com a Amazônia, nós temos, pelas nossas características, identificação com a África”, diz Rocha.

Ele esteve em Angola, a convite dos Ministérios do Meio Ambiente e das Relações Exteriores, para atuar no programa de fortalecimento da educação ambiental daquele país; e em São Tomé e Príncipe e em Cabo Verde, para levar experiências nas áreas de educação ambiental e gestão das águas. Na oportunidade, conheceu tecnologias de dessalinização de águas marinhas.

De acordo com o assessor da diretoria do INGÁ para Povos e Comunidades Tradicionais, Diosmar Filho, “o fórum será um diálogo com o planejamento público, com a política de eqüidade e afirmativa, com os direitos humanos, com a cultura, com o turismo sustentável, e com a política estadual de recursos hídricos e de territórios”.


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