Conexão Rio- Cérebro, esse computador de bordo de última geração! | Por Christina Thedim

Vamos considerar que nossa mente seja um sofisticado computador de bordo que, por volta do terceiro mês de gestação, começa a se formar dentro de nossa caixa craniana, com uma ilimitada capacidade de armazenamento de arquivos que, com os passar dos anos, vão se agrupando nas devidas pastas do campo cerebral e que, através de um simples e despretensioso toque, podem ser abertos, revelando-nos imagens e sensações já há muito esquecidas. Algumas trazem o brilho e o calor reconfortante de um sol outonal, equilibrando nossas emoções, reportando-nos a momentos felizes e pacificadores, deixando-nos com a alma leve e recondicionada; já outras, por sua vez, vêm como as tempestades de verão, sem previsão, antecipadas por raios, relâmpagos e trovões, deixando-nos qual crianças desamparadas que observam, à beira do cais, o barco que partiu à distância, permanecendo sós e sem alternativa diante da dura realidade que se manifesta.

Esses arquivos, como já disse, são abertos de maneira totalmente ocasional_ se é que existe mesmo o acaso _ decorrentes de links que acessamos sem uma detecção pré-existente, colocados sorrateiramente ao lado da página aberta por nosso inconsciente, esse incansável desbravador sem fronteiras, sobre o qual não temos nenhum controle. Um encontro inesperado, uma situação que visualizamos, aromas compatibilizantes, enfim, qualquer coisa no mundo da tridimensionalidade e até no plano do invisível, pode nos fazer reféns de uma presença maior, mais ou menos amistosa, conforme seu conteúdo e vibração, ocupando um espaço inimaginável em nosso momento presente. Permaneciam lá, dentro de lugares que nem mais nos lembrávamos, a espera de um descuido que fosse, para voltar a impressionar nossos sentidos distraídos e humanos. Coisas, pessoas e situações que tentávamos esconder de nós mesmos, algumas por nos flagelarem a alma, tamanha a dor que nos causaram um dia num passado aparentemente distante, outras por nos imbuírem de tamanha alegria que seria por demais cruel trazê-las à tona, preferindo contê-las por não mais possuí-las, porque o tempo sempre passa, nunca volta, e o bom e o mal com ele se vão também.

E é por serem inevitáveis que devemos estar bastante atentos a eles, observando-os com muita atenção e precisão, deixando de lado o medo costumeiro e as atitudes convencionais e covardes que costumamos adquirir ao longo da vida por pura infantilidade e boicote cultural. Principalmente nós, ocidentais, que valorizamos muito mais a aparência que a essência dos fatos, copiando modelos frágeis e desprovidos de integridade e identidade verdadeiras. As informações que nos trazem podem ser por demais preciosas e úteis para que realizemos um ajuste saudável e maduro na máquina da qual somos portadores e que auxilia nosso espírito a caminhar sobre esse planeta no qual vivemos agora, a Terra!

Se tivermos a devida coragem de observá-los com atenção, amor e imenso respeito por nós mesmos como entidades que somos poderemos, como numa substanciosa verificação de vírus que habitualmente fazemos em nosso computador caseiro, encontrar muito lixo e arquivos totalmente contaminados, os quais não nos interessam mais o acesso, podendo inclusive, causar-nos danos letais a nossa placa mãe, a nossa magnífica e divina mente, escravizando-nos por toda uma eternidade até! Só assim poderemos ser os portadores do melhor e sempre atualizado anti-vírus, capaz de removê-los para sempre, dando um salto quântico e transcendendo num movimento lúdico em forma de eclipse. Só assim sairemos do que os indianos denominam de sansara, a eterna roda que nos prende a mortalidade do corpo por muitas e muitas gerações, sem que possamos ir além, para outras dimensões, menos densas e dolorosas.

É claro que, para isso, devemos ter uma compreensão iluminada desses comportamentos, percebendo como são malignos e destruidores para nós como seres de luz destinados a seguir sempre para uma situação melhor, mais digna, livre e feliz. Aceitar que somos capazes de fazê-lo já é uma grande recomeço, basta tentar, ousar. Como uma desfragmentação que também vez por outra costumamos realizar em nossas máquinas caseiras a fim de torná-las mais ágeis e poder desfrutar de suas habilidades, assimilando as novidades que a vida sempre nos traz a todo instante, querendo nós ou não.

Vamos então, a partir de agora, glorificar a existência que nos foi ofertada, não importando sua origem ou destino final, e sim o seu mais precioso momento, que é o presente. E faremos isso limpando e removendo o lixo que arquivamos por tantas e tantas encarnações, como verdadeiros guerreiros, sem temer por nada porque estaremos conectados com a verdade cósmica e abençoados pelo Grande Feitor Universal, a Energia Vital que a tudo cria e a tudo destrói, conforme as necessidades de cada tempo.

Namastê!!!


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