Partindo da Folha de S. Paulo, que odeia o PT e faz o jogo do PSDB, ninguém sabe qual a intenção. A reportagem do jornalão procurou os 81 integrantes do Diretório Nacional e os 27 presidentes dos diretórios estaduais. Não deu outra: 81% dos dirigentes partidários apoiam Dilma Roussef como pré-candidata à presidência da República – uma proposta que vem sendo defendida aberta e legitimamente pelo presidente Lula.
Segundo o jornalão, “do total de 96 ouvidos – 26 presidentes estaduais e 70 membros do Diretório Nacional – 78 deles cravaram o nome de Dilma Roussef , o que equivale a 81%. Os restantes 17 integrantes (18%) estão longe de sugerir alguma dissenção, pois todos elogiaram a ministra da Casa Civil.
Ainda assim alguns nomes foram citados: Patrus Ananias (Desenvolvimento Social), Tarso Genro (Justiça) e o governador da Bahia, Jaques Wagner. Mas, Tarso Genro não ver sequer possibilidade de alguma eleição interna prévia. E o governador Wagner já disse publicamente que é candidato à reeleição. O PT está unificado na idéia de fazer de Dilma Rousef a pré-candidata à presidência.
De qualquer sorte, não seria nenhum absurdo uma eleição prévia. O próprio Lula teve que derrotar a pré-candidatura do senador Eduardo Suplicy. Como todo mundo sabe, o PT é formado por diversas correntes políticas. Entretanto, se o PT está unificado, o mesmo não se pode dizer do PSDB, dividido entre as pré-candidaturas de José Serra (SP) e Aécio Neves (MG).
O texto do jornalão repete várias vezes a palavra “submissão” e “interferência”. Parece que o objetivo era de caracterizar o PT como um partido “submisso” a Lula e o PSDB como um partido que pratica a democracia interna. Não cola. O PT tem uma longa tradição de luta interna e o PSDB uma longa tradição de mandonismo. O que acontece é que, embora os nomes sugeridos sejam capazes, o presidente Lula soube identificar com antecedência o potencial de Dilma Roussef.
A pré-candidata é forte porque é mulher, tem capacidade gerencial e um histórico de luta pela democracia. Tudo que o PT deseja e o Brasil precisa. O resto é fofoca.
*Por Oldack de Miranda é jornalista, escritor (foi co-autor do livro biográfico Lamarca, Capitão da Guerrilha), é Assessor de Comunicação e Ouvidor Especializado do DESENBAHIA – Agência de Fomento do Estado da Bahia S.A.
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