Peguei ao acaso uma revista velha. A revista era “Língua Portuguesa”, de 2006, a editora não dizia o mês. A capa trazia o escritor e jornalista Fernando Morais, autor de livros que se tornaram famosos, como Olga, Chatô, A Ilha, Montenegro etc. Antes de explodir como grande escritor, Fernando Morais viveu rica carreira de jornalista, grandes coberturas no mundo inteiro.
Assim, a opinião dele sobre a imprensa pesa bastante, pelo menos para mim.
A imprensa perde leitura, não só para TV e Internet. A falta de credibilidade a tornou dispensável?, perguntou a revista.
Ele respondeu: “Toda generalização é perigosa, mas o que vem ocorrendo é uma partidarização, de maneira hipócrita, porque escondida do leitor. A “Veja”, símbolo disso, virou um partido de direita e não diz. Virou uma publicação sórdida. Acho que por ser eu chavista e fidelista, entrei na lista negra deles. “Na Toca dos leões” saiu em 2005 e não deram uma sílaba, mas tiveram de engolir o livro entre os mais vendidos…da própria Veja. Chegamos ao ponto em que os grandes veículos podem falar da gente o que bem entenderem porque perderam a importância. A informação vem pelo paralelo, que é a web (…) os jornais deixaram de ser o que eram e viraram unidades de negócio”.
É por isso que não jogo fora certos exemplares de revistas. Sempre é bom rever boas entrevistas. De lá para cá a imprensa só piorou.
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