A revista eletrônica Terra Magazine, editada pelo jornalista Bob Fernandes, publicou (17/06/2009) artigo do deputado federal Emiliano José (PT-BA) intitulado “Salvador e a máquina mercante”.
O parlamentar, jornalista e escritor citou o poeta Gregório de Mattos para exprimir sua angústia sobre o que se passa na capital baiana: “A ti tocou-te a máquina mercante/ Que em tua larga barra tem entrado/ A mim foi-me trocando, e tem trocado/ Tanto negócio, e tanto negociante”.
É uma crítica sibilina ao prefeito João Henrique Carneiro (PMDB). Para Emiliano José, a desordem é apenas aparente, porque metodicamente a prefeitura pratica uma política de favorecimento explícito dos endinheirados (“Triste Bahia! Oh quão dessemelhante”).
E qual é a política pública adotada pelo prefeito João Henrique (PMDB)? Uma política aplicada com rigor: “apagar os vestígios da história, sepultar as marcas do passado, sepultar a herança cultural acumulada ao longo dos séculos, acantonar os excluídos em áreas delimitadas, abrir espaço para os novos senhores da terra urbana”. Uma máquina mercante, o paraíso das imobiliárias, verticalização desenfreada. Tudo é permitido. Negócios, negócios…
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