Queda da produção e de investimentos da indústria puxa PIB para abaixo de zero

Brasília – O Produto Interno Bruto (PIB) negativo, de – 0,4% para 2009, projetado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), se deve principalmente a uma queda na produção e nos investimentos da indústria. A projeção anterior, feita em março, era de que o PIB seria zero.

O gerente executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, justificou hoje (25/06/2009) que, mesmo com um crescimento do consumo das famílias projetado no ano em 0,7% e uma aceleração da economia nos próximo meses, isso não será suficiente para puxar a indústria para cima.

“Como o patamar em que nos encontramos é muito baixo, só para dar um exemplo, 15% da produção industrial menor do que nos primeiros quatro meses de 2008, mesmo com algum crescimento, crescimento moderado, ele não contrabalança o que foi negativo nesses primeiros meses. Um dado positivo só é esperado em 2010”, explicou.

O PIB industrial de 2009 deverá ficar em – 3,5%, sendo que a projeção anterior era de – 2,8% e a formação bruta de capital fixo, ou seja, o investimento, será de – 9%, contra uma projeção anterior de – 4,4%.

Apesar desses números negativos, a CNI espera uma melhora no consumo das famílias, que teve retração de 0,9% em março e, na projeção de junho, deverá crescer 0,7%. A melhora se deve a uma reativação da demanda doméstica com base na manutenção da renda das famílias, um controle da inflação e a um aumento no valor dos benefícios oferecidos pelo governo. “Isso sustentou a demanda interna. E o consumo das famílias já mostrou reação no primeiro trimestre de 2009”, disse Castelo Branco.

A CNI manteve a meta de inflação em relação à projeção anterior, de 4,2%. A taxa nominal média de juros para o ano ficou praticamente estável em comparação à projeção anterior, que era de 10,20% em março e passou para 10,15%, em junho. A expectativa é de que a taxa Selic chegue ao final do ano a 8,75% contra os 9% projetados anteriormente. A taxa real de juros deve ficar em 5% sendo que a estimativa anterior era de 5,2%.

A projeção de déficit público nominal para este ano, de acordo com a CNI, é de 2,3% do PIB, contra 2,1% do PIB na projeção anterior. O superávit público primário também não sofreu grandes alterações em relação à projeção anterior, que era de 2,7% do PIB e passou para 2,5%. A dívida pública líquida sofreu uma reavaliação de apenas 0,8 ponto percentual. A expectativa era de que ficasse em 37,9% do PIB em março e, agora em junho, espera-se que seja de 38,7%.

*Com informações de Roberta Lopes


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