Tabagismo entre os universitários | Por Roosevelt S. Fernandes

O problema do Tabagismo prescinde de maiores explicações, quer como problema pessoal para quem é fumante, bem como para aqueles que vivem no entorno dos fumantes.

Deste modo, objetivando conhecer a realidade específica deste problema junto a um segmento especial da sociedade – o de estudantes de nível superior – o Núcleo de Estudos em Percepção Ambiental / NEPA desenvolveu uma pesquisa específica que envolveu cerca de 1.600 estudantes, de 11 instituições de ensino superior localizadas em Minas Gerais, Rio Grande do Sul, São Paulo, Espírito Santo e o Distrito Federal, com a participação  de 33 diferentes cursos, com estudantes distribuídos ao longo de todos os períodos dos cursos.

O grupo amostrado teve a predominância do gênero feminino (58%), com pesos entre 34 e 125 quilos, com idade entre 17 e 60 anos, com predominância do grupo que não trabalha, apenas estuda (48%), seguido (17%) daqueles que recebem até R$ 500,00 e solteiros (87%).
O grupo se dividiu entre não fumantes (84%), fumantes (9%) e 6% de ex fumantes, apresentando uma faixa entre 10 e 30 anos (predominância do intervalo 14 a 17 anos, com 9%) como resposta a pergunta “que idade começou a fumar”.

Entre os 33 motivos que os levaram a iniciar no ato de fumar – observando-se a predominância das opções “influência dos amigos” (5%) e “curiosidade” (4%), encontra-se também motivações como “modismo”, “briga familiar”, “ansiedade”, “associação a bebida”, “estresse”, “curtição”, “grupo social”, “status”, “término de namoro”, “achar bonito” e “bobeira”. O grupo de fumantes admite que em média fuma menos de cinco cigarros por dia (5%), seguido dos que fumam entre cinco e 10 cigarros (3%) e os que fumam entre 10 e 20 (2), com apenas 0,4% para o grupo entre 20 e 30 cigarros.
Em relação aos ex fumantes o motivo apresentado para deixar de fumar foi “saúde” (2%), registrando-se opções como “influência da família”, “vontade própria”, “corte de despesas”, “gravidez”, “mau hálito”, “igreja”, “influência dos amigos”, sem qualquer registro em relação à opção “por restrição legal”.
Em casa (68%) ninguém fuma, seguido de “alguns fumam” (23%) e todos fumam (2%), Já em relação aos amigos do dia-a-dia predomina a opção “alguns fumam” (70%), seguido de “ninguém fuma” (26%).

Quanto ao uso de bebida alcoólica, as opções assumidas foram: “não bebo” (33%), “bebo muito pouco” (30%), “bebo moderadamente” (24%), “acho que às vezes vou além do razoável” (10%) e “bebo acima da média” (2%).

Entre as formas de pensar dos componentes da amostra, 32% partem do princípio que “fumar deveria ser proibido em lugares fechados”, enquanto 37% são favoráveis ao fumo apenas em lugares especialmente destinados para tal. Observam-se opções como “proibição em lugares abertos e fechados” (19%) e 5% que admite ser não fumante, mas “não tem nada contra a alguém que fume a seu lado”.

Quando perguntados (fumantes e ex fumantes) se sentiam algum efeito sobre a saúde como decorrência do uso do cigarro, as opiniões se dividiram: “não” (13%) e “sim” (11%), porém admitem (93%) que as pessoas no entorno dos fumantes são afetadas, bem como, segundo a opinião dos entrevistados, que até 10 pessoas morrem por hora no Brasil, atribuídas ao tabagismo, apesar de haver – 14% – que admitem que este valor seja de mais de 40 mortes diárias. Em contrapartida, quando perguntados se já tentaram deixar de fumar, 5% disseram “não”, 4% disseram “sim, e consegui” e “sim, por várias vezes, e não consegui” (3%). Em relação ao efetivo desejo de deixar de fumar, 4% disseram “sim”, 3% “não tenho certeza” e 3% “não”.

Admitem que o ato de parar de fumar depende de “ter desejo de parar” (48%) e “ter o desejo associado ao uso de medicamentos” (31%). Por outro lado, enfatizam (62%) que o tema “tabagismo” deveria ser muito bem discutido no âmbito das instituições de ensino, observando-se um grupo de 12% que “admitem não ser necessidade”, destacando-se 23% que se oferecem como voluntários para desenvolver ações nas suas instituições de ensino.
Por último, para comentar apenas alguns pontos da pesquisa, os fumantes admitem que fumam o primeiro cigarro uma hora após acordar, seguido dos grupos “entre 15 e 30 minutos” e “entre trinta minutos e uma hora (ambos com 1% cada), havendo casos onde o cigarro é utilizado em menos de 10 minutos (2%).


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