
O município de Ipirá é um dos principais produtores de artefatos de couro da região da Bacia do Jacuípe. Com o objetivo de potencializar e qualificar a atividade, uma das principais fontes de geração de emprego e renda do município, a deputada Neusa Cadore (PT) fez uma indicação ao governador Jaques Wagner para que, através da Secretaria de Ciência e Tecnologia, promova a criação de um Centro Vocacional Tecnológico (CVTT).
Os CVTTs estão direcionados para a capacitação tecnológica da população, como unidades de formação profissional básica, de experimentação científica, de investigação da realidade e prestação de serviços especializados. A sua concepção leva em conta a vocação do território onde se insere, promovendo a melhoria dos processos produtivos.
Em Ipirá, a principal pauta de reivindicação é a discussão do arranjo produtivo local, a partir do fortalecimento da atividade coureira. O município possui mais de 150 microempresas e produtores individuais, cujos rendimentos variam de R$ 250 a R$ 800 reais mensais.
O CVTT para a Cadeia do Couro de Ipirá e região pode trazer um amplo impacto na economia local. Considerando a existência de mais de 3 mil pessoas trabalhando no segmento de artefatos de couro, produzindo carteiras, bolsas, cintos e sandálias, justifica-se a necessidade de criação de políticas públicas para a organização e fortalecimento da atividade.
O centro pode contribuir diretamente no desenvolvimento e aprimoramento de produtos, processos e serviços voltados para a agregação de valor sobre todo o arranjo produtivo do couro a partir de uma perspectiva local. Além da promoção do desenvolvimento de práticas eficazes de manejo, que permitam a produção de bens e serviços que mantenham e valorizem os processos ecológicos.
“Nossa proposta é que o CVTT do Couro possa contribuir para o desenvolvimento sustentável dessa importante atividade econômica, combinando isso com estratégias de preservação ambiental e dos elementos da cultura local”, afirma a deputada Neusa Cadore.
A cadeia produtiva do couro é um dos grandes motores da economia brasileira. Entre 2001 a 2003, as exportações de produto acabado do segmento cresceram 240%, contabilizando US$ 632 milhões de divisas extras. O ganho de atividade representou a criação de 10 mil novos empregos. No ano passado, o desempenho da cadeia produtiva do couro foi ainda superior: as exportações atingiram US$ 3,3 bilhões, gerando um superávit de US$ 2,9 bilhões – o equivalente a 12% do superávit brasileiro.
Na Bahia, os pequenos empreendimentos sempre estiveram à margem de todo este processo de desenvolvimento e, por conta disso, nunca tiveram um papel importante na economia do Estado. A estratégia de desenvolvimento e qualidade de vida do atual governo há de ser a de fomentar e apoiar esses processos produtivos nos municípios e fazer com que a produção local se integre à economia baiana.
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