Brasil ensina a tratar a gripe A | Por Paulo Amorim

Falei, recentemente, sobre o descaso com a gripe A aqui no Brasil. As “autoridades” esperaram que a doença se instalasse para então tentar remediar. Acontece que o atendimento aos doentes é de péssima qualidade, porque médicos e atendentes em postos de saúde e hospitais não estão preparados e também não há nem hospitais nem médicos suficientes. O remédio, que nem ao menos se sabe ao certo se é eficiente, só é dado para quem está mal, quase morrendo. Quem está apenas com suspeita, com possibilidade de debelar a doença no início, não ganha.

A internet está cheia de denúncias sobre as informações que os meios de comunicação divulgam a respeito do número de vítimas, que seria muito maior do que ventilam. O governo estaria impedindo a divulgação de dados corretos. Não se pode acreditar em tudo o que está na internet, mas quanto a isso não é de duvidar.

Enquanto isso, o nosso presidente vai viajar por aí, faz reuniões sobre futebol, usa o seu “precioso” tempo para passar a mão na cabeça de políticos imorais que transformaram o Congresso em um antro de corrupção e roubalheira.

Será que o senhor presidente sabe que ele também pode contrair a gripe A? Que apesar de ele pensar que é Deus, ele pode sim, ficar doente?

Deus me perdoe, mas fico pensando cá com meus botões, se não seria bom o vírus aparecer lá no Senado num dia em que estivessem lá todos os senhores senadores. É esperar demais que todos estejam lá no mesmo momento, não é?

Recebo um e-mail de uma amiga brasileira que está morando na Eslováquia, e não posso deixar de transcrever aqui o que ela diz sobre a gripe A:

“Aqui na Slovakia a gripe não chegou, talvez até chegue. Aqui, bem antes das coisas acontecerem, o povo já está afundando nas informações, nas prevenções. Medidas já foram e são frequentemente estudadas para impedir que a gripe chegue até nós. É outra cabeça, eles não vão esperar a gripe chegar para depois combatê-la. Eles sabem que não há jeito de impedir que ela chegue, mas estão tentando tudo para evitar isso… nada a ver com o Brasil, que esperou que muitas pessoas morressem para depois pensar no que fazer… Incrível. Sinto vontade de ficar por aqui, mesmo!”
Pois é… Feliz dela que está lá fora e pode escolher. Nós temos que ficar por aqui mesmo. O que temos que fazer é lembrar de tudo o que está acontecendo quando chegar a hora de votar. Porque os nossos “representantes”, os “políticos” corruptos que estão no poder estão lá porque nós votamos neles. Cabe a nós mudar isso.


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