Caos no transporte coletivo e o descaso do poder público elevam os índices de acidentes com vítimas fatais nos municípios baianos

 É grave a questão de transporte coletivo em Feira de Santana. Embora o cidadão feirense pague uma das tarifas mais caras em todo o país. Como se isto não fosse o suficiente a frota dos ônibus é velha e sua carenagem foi toda maquiada para dar aparência de que estes são veículos novos. Constantemente são flagrados ônibus quebrados ao longo das ruas e avenidas da cidade. O que causa constantes transtornos ao tráfego no município que já é um caos.

Como se não bastasse todas estas mazelas, há muito tempo que denúncias são feitas não só pela população como também por parte de alguns parlamentares do legislativo sobre irregularidades neste segmento. Mesmo diante das evidências, o governo municipal se mantém indiferente com relação ao problema que não se restringe unicamente as cobranças de tarifas e a má qualidade dos transportes. O povo que reside mais distante do centro sofre com a falta de regularidade nos horários de trajetos dos transportes, o que têm sido alvo constante denúncias feitas na imprensa local.

O retrato do descaso e abandono pelo setor público no tocante ao transporte coletivo na cidade é patente. Mas pelo visto esta realidade não é só nossa, nesta terça-feira (1) às 16:30h, um ônibus clandestino transitando de forma desgovernado se envolveu em uma colisão com duas motos e um veículo que se encontravam parados esperando a o sinal de liberação do semáforo existente na rua Olímpio Vital. A brutalidade em que ocorreu o acidente provocou um saldo com duas vítimas fatais, Gislene Silva Mendes, 25 anos, morta no local e Luís Leno de Jesus Almeida, 26 anos, este teve um braço amputado, chegou a ser socorrido, mas não resistiu e veio a falecer no Hospital Geral Clériston Andrada (HGCA). Ambos estavam nas respectivas motocicletas.

A Comissão de Sindicância tem um prazo de 30 dias – prorrogável por mais 30, se necessário – para apurar o caso. O presidente José Carlos Cerqueira Bacellar informou na manhã de hoje, que o primeiro passo é no sentido de arrolar e ouvir testemunhas, especialmente os sobreviventes que ocupavam as duas motos arrastadas pelo ônibus.

Ele observou ainda que o coletivo encontrava-se em  péssimo estado de conservação, que o torna aparentemente inapto para fazer o transporte de passageiros, principalmente de uma cidade para outra trafegando em uma rodovia. Como ocorreu neste caso.

O nome do motorista do coletivo continua ignorado. O presidente da Comissão de Sindicância adiantou que as providências para apurar os fatos já estão sendo tomadas principalmente junto à Prefeitura Municipal de Araci, responsável pela locação do veículo no transporte dos passageiros.


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