53 milhões passam fome na América Latina, diz ONU

Número inclui também habitantes do Caribe; relatório da FAO e do PMA afirma que o número de famintos em todo o mundo chega a 1 bilhão, sendo que a maioria deles vive em países em desenvolvimento.

A redução do acesso à comida, como consequência da crise econômica, teve mais impacto nas populações pobres dos países em desenvolvimento.

A conclusão faz parte do relatório “O Estado da Insegurança Alimentar”, divulgado nesta quarta-feira pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, e pelo Programa Mundial de Alimentos, PMA.

Subnutrição

As agências da ONU estimam que mais de 1 bilhão de pessoas estejam subnutridas em todo o mundo.

Na Ásia e no Pacífico, o número de famintos chega a 642 milhões e na África Subsaariana, 265 milhões passam fome.

Já na América Latina e no Caribe, o número de pessoas sem acesso à alimentação é de 53 milhões.

De acordo com o Panorama de Segurança Alimentar e Nutricional da FAO, a América Latina e o Caribe tem enfrentado uma crise de alimentos que reduziu ainda mais o acesso de milhões de pessoas à comida.

O representante da agência para a região, José Graziano da Costa, disse à Rádio ONU, de Santiago, no Chile, que a má distribuição generalizada de renda nesses locais, o aumento dos preços e o desemprego são os maiores responsáveis pela redução de acesso aos alimentos.

Brasil

“Depois de enfrentar dois anos de subida rápida dos preços em 2006 e 2007, vimos, a partir do segundo semestre de 2008, uma recessão tomar conta dos principais países da região, aumentando muito o desemprego”, afirmou.

Para solucionar a crise, o representante da FAO afirma que é preciso aumentar o poder aquisitivo das populações e investir em políticas sociais, como as implementadas por Brasil, México e Colômbia nos últimos anos.

“O Brasil, por exemplo, tem o “Bolsa Família”, que vem do Programa Fome Zero. Outros países como a Colômbia também tem implementado programas similares. O México, por exemplo, tem o programa “Oportunidades”. Nesse momento de crise, o que vale muito são essas redes sociais de proteção”, disse.

Os desafios da produção de alimentos nos países da região e em todo o mundo voltarão a ser debatidos pela FAO durante a Cúpula sobre Segurança Alimentar, que acontece em novembro, em Roma, na Itália.

*Com informações da Rádio ONU em Nova York.*


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