Cultura Sertaneja será preservada em centro de Feira de Santana

Criação do CERES terá sede em Feira de Santana e unidades no interior e na capital

Desde que os vaqueiros começaram a desbravar o sertão nordestino, o universo sertanejo é povoado por uma simbologia própria, cheio de mitos, casos e saberes, com sua música, arte, culinária e técnicas. Com o propósito de preservar esse acervo material e imaterial será criado o Centro de Referência do Sertão (CERES), projeto do Conselheiro de Cultura e antropólogo Washington Queiroz, em parceria com a Universidade Estadual da Bahia (UNEB), Universidade Federal da Bahia (UFBA), Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (IGHBA), Museu de Arte da Bahia (MAB), Diretoria de Museus (DIMUS), Centro de Estudos Euclydes da Cunha (CEEC) e apoio da Secretário de Cultura (Secult).

“A cultura sertaneja sempre foi esquecida, independente do seu valor histórico, para dar lugar à imagem de uma Bahia tipicamente alegre e festiva, influenciada apenas pelo recôncavo”, criticou o Conselheiro. Para ele, a criação do CERES será uma forma de mostrar outra vertente cultural interiorana, onde as pessoas também poderão se reconhecer enquanto baianas.

O CERES será um espaço aglutinador, difusor e expositor de pesquisas sobre a cultura sertaneja. A idéia inicial é criar uma sede em Feira de Santana, um museu universitário no Campus da UNEB, em Salvador, além de fixar unidades em algumas cidades do interior do estado.

Para viabilizar a implantação do CERES, no dia 29 de setembro, pesquisadores e membros de instituições da cultura sertaneja se reuniram para discutir a idéia geral do projeto. Entre os presentes estavam o Conselheiro Washington Queiroz; Lourisvaldo Valentim, Reitor da UNEB, Sérgio Guerra, Professor da UNEB e membro do projeto A Caminho dos Sertões de Canudos; Cláudia Rocha, Diretora do CEEC; Manoel Neto e Roberto Dantas, Professores da UNEB e membros do CEEC. Além deles, também compareceram ao encontro Daniel Rangel, Diretor da Diretoria de Museus (Dimus), Sílvia Athayde, Diretora do Museu de Arte da Bahia (MAB), José Carlos, Reitor da UEFS, dentre outros.

Durante a reunião, o Reitor da UNEB garantiu apoio ao projeto. Roberto Dantas elogiou a iniciativa: “a criação do centro colocará a Bahia na vanguarda da conservação do patrimônio Cultural”, disse . “A intenção é tornar o CERES uma referência nacional a respeito da cultura sertaneja”, completou Washington.

Nos próximos meses acontecerão outros encontros para discutir os aspectos jurídicos do Centro, assim como a atuação das instituições parceiras do projeto.

*Com informações do Conselho Estadual de Cultura Palácio da Aclamação (anexo)


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