Bahia defende divisão dos royalties gerados com exploração do pré-sal

A divisão democrática dos royalties que serão gerados com a exploração do pré-sal, entre todos os estados brasileiros, foi defendida pelo governador Jaques Wagner, nesta sexta-feira (06/11/2009), durante o seminário O Brasil na Era do Pré-Sal, realizado no espaço Unique, na Avenida Tancredo Neves, com a presença do ministro das Minas e Energia, Edson Lobão.

A proposta é criar um fundo social que servirá para incentivar a educação, combater a pobreza e contribuir para a sustentabilidade ambiental, levando os benefícios da nova descoberta, hoje concentrados ao longo dos 800 quilômetros entre Espírito Santo e Santa Catarina, para todos os estados.

Para Wagner, independente de onde esteja o novo patrimônio, a riqueza deve servir para favorecer o povo brasileiro. “O que importa é que o Brasil, agora, tem uma nova riqueza. Não importa em que estado ela esteja concentrada. Precisamos fazer com que estes recursos sirvam para melhorar a qualidade de vida do povo brasileiro e diminuir as diferenças culturais”.

O presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, afirmou que a exploração do pré-sal na Bahia possibilitará ao estado uma maior expansão no setor da indústria naval. “O impacto desta exploração será em toda a cadeia produtiva da Bahia, em especial da indústria naval. O ritmo de construção de estaleiros depende da iniciativa da própria indústria naval”.

A Bahia pode ser um dos estados a fazer parte da Era Pré-Sal. Na Bacia do Jequitinhonha, Costa da Bahia, a Petrobrás continua realizando perfurações devido a indícios de óleo na região. De acordo com Gabrielli, já foram perfurados mais de 2.700 metros. O seminário contou ainda com a participação da governador do Piauí, Wellington Dias.

Pré-Sal

A chamada camada pré-sal é uma faixa que se estende ao longo de 800 quilômetros entre os Estados do Espírito Santo e Santa Catarina, abaixo do leito do mar, e engloba três bacias sedimentares (Espírito Santo, Campos e Santos).

O petróleo encontrado nesta área está a profundidades que superam os 7 mil metros, abaixo de uma extensa camada de sal que, segundo geólogos, conservam a qualidade do petróleo. Estimativas apontam que a camada, no total, pode abrigar algo próximo de 100 bilhões de boe (barris de óleo equivalente) em reservas, o que colocaria o Brasil entre os dez maiores produtores do mundo.


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