A participação das vendas brasileiras no total das importações argentinas caiu de 35,5% em 2005 para 28,8% nos cinco primeiros meses de 2009. No mesmo período, as vendas chinesas subiram de 7,8% para 12,6% das importações totais da Argentina. Os números foram apresentados a parlamentares brasileiros pelo embaixador Regis Arslanian, representante do país junto ao Mercosul e à Associação Latino-americana de Integração (Aladi), durante reunião realizada na manhã desta segunda-feira (30/12/2009), em Montevidéu.
O desvio de comércio para a China começou a se intensificar após a adoção de medidas protecionistas pelo governo de Buenos Aires, como a demora na concessão de licenças não-automáticas de importação. Em resposta, medidas semelhantes acabaram sendo adotadas pelo governo brasileiro este ano, o que motivou grande insatisfação na Argentina.
Exemplo dessa insatisfação, como indicou Arslanian aos parlamentares brasileiros, foi recente declaração aprovada pelo Senado argentino, que expressou sua “rotunda preocupação” com a decisão do governo brasileiro de interromper “de maneira imprevista e sem consulta” a concessão de licenças para a importação de produtos argentinos.
Alguns setores econômicos brasileiros, segundo o embaixador, foram profundamente afetados pelas medidas protecionistas argentinas. Entre eles, a indústria de vestuário. Em 2005, a participação das vendas brasileiras de roupas no total importado pela Argentina foi de 27%, enquanto em 2008 limitou-se a 11%. No mesmo período, a participação da indústria chinesa de vestuário subiu de 6% para 42%.
Após tomar conhecimento dos números, apresentados no mesmo dia em que se realizaria mais uma sessão do Parlamento do Mercosul, o senador Geraldo Mesquita Junior (PMDB-AC) observou que eles refletiam a crescente presença comercial da China na América do Sul.
– Isto demonstra a necessidade de ampliação do Mercosul, com a inclusão de novos países no bloco – afirmou Mesquita.
*Com informação da Agência Senado.
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