
Na quarta-feira, (09/12/2009), às 19:00, o Centro Universitário de Cultura e Arte-Cuca, apresentará ao público feirense duas exposições de artistas baianos, na Galeria de Arte Carlo Barbosa o iraraense, João Martinse no Museu Regional de Arte o feirense Juraci Dórea.
Com o titulo “A Poesia das Coisas”, João Martins apresentará 22 telas em acrílico sobre tela, com o tema predominante dos pássaros e utensílios do campo rural, em um exuberante colorido. Sobre sua passagem por Feira de Santana ela afirma: “Nasci em Irará, e conheci Feira de Santana, ainda menino, quando meu avô nos levou para ver a “feira do gado”. Tudo era grande e mágico naquela cidade que me fascinou. Agora, quero seduzir essa terra com a minha arte, mostrando o que há de beleza na simplicidade das coisas. Do cotidiano ao regional, nos utensílios que ainda nos servem, aos tantos outros que guardamos na memória, nos bens que a natureza nos concede com seus seres diversos…Enfim, pretendo levar as pessoas a sentir esse universo de poesia que vejo nessas coisas simples que nos cercam…”.
Arquiteto de formação, João Martins era um menino que gostava de contemplar o por do sol, ouvir o canto dos passarinhos e saborear as frutas da fazenda de seu avô. Saiu de Irará aos vinte e sete anos para conquistar o mundo. “Eu já era artista e nem sabia”, ele revela.João antes de morar em Salvador desenvolveu um pouco de sua arte na terra natal. Todavia, nem tudo fora tão colorido na caminhada do artista. Antes de ser reconhecido, ele foi bilheteiro de cinema e bancário. Conforme atestou em seu depoimento, revelando ter convicção dos seus dotes artísticos desde cedo, mas precisava de garantias, pois ainda não era possível viver da arte. Quando acreditou estar no momento certo, ele foi para escola estudar, “por respeito à arte, porque não basta ter o Dom”, justificou.
A outra exposição trata-se do projeto “Memórias – Pintores de Feira de Santana”, agora nesta edição com o artista Juraci Dórea, que também é arquiteto de formação diplomado pela UFBA. Como artista plástico, atua profissionalmente desde a década de 60. Sua forte ligação com o sertão prioriza formas da civilização do couro, marca registrada nos trabalhos espalhadas nos quatro cantos do mundo artístico, onde importantes premiações valorizam sua obra. A mostra contará com cerca de 30 trabalhos em acrílico sobre tela e de técnica mista (carvão e desenhos), incluindo os temas Histórias do Sertão, Fantasia Sertaneja e Cenas Brasileiras, a série que desenvolve atualmente. O evento é promovido pela Fundação Carlo Barbosa, presidida com muita competência por Lucy Barbosa, que já contemplou com o mesmo projeto os artistas plásticos Carlo Barbosa (em memória), Gil Mário, César Romero e Leonice Barbosa.
*Por Lígia Eugênia Marques Motta é formada pela Universidade Federal da Bahia em Licenciatura em Letras Vernáculas com Francês e Bacharelado em Línguas Estrangeiras. É uma das fundadoras da Galeria de Arte Carlo Barbosa do CUCA/UEFS, atuando como coordenadora desde a sua fundação, 1998.
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