Em seu comentário semanal na Rádio Metrópole, que foi ao ar nesta segunda-feira (07/12/2009), o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima disse que não lhe tranquilizaram as palavras do governador Jaques Wagner garantindo não haver motivo para alarme com relação à meningite no estado: “Não deve ser essa a opinião das familias das vítimas da meningite. E o interessante é que o governo só começou a se mexer quando a meningite começou a atingir a classe média da capital”.
O ministro afirmou que “até gostaria de poder elogiar as conquistas da Bahia e dos baianos, mas isso infelizmente não tem sido possível no atual governo”. Ele citou o caso da vacinação contra a meningite, que o Governo do Estado está anunciando para seu calendário de 2010. Para Geddel, “essa seria uma medida digna de aplauso, se tivesse sido tomada no tempo certo, mas a verdade é que a situação já vinha sinalizando a sua gravidade, sem que isso tivesse chamado a atenção da área de saúde do Governo do Estado ou tivesse servido de base para um planejamento de médio prazo”.
Para Vieira Lima, até alguns dias atrás a atitude do governo “fazia parecer que estávamos no melhor dos mundos, tanto que em outubro, quando foram confirmados oito casos de meningite com quatro mortes lá em Porto Seguro, o Governo do Estado, na pessoa do seu secretario da Saúde, Jorge Solla, deu-se ao luxo de dizer que o problema era pontual e que já estava controlado, palavras ditas de forma precipitada e com escasso senso de responsabilidade”.
O ministro da Intergação Nacional citou números publicados pelo jornal O Globo, que relatou a ocorrência, de novembro para cá, de mais de 1.200 casos de meningite com mais de 120 mortos em diversas regiões da Bahia: “Ou seja, nunca se tratou exatamente de um problema pontual, como afirmou o secretário de saúde, e muito menos controlado”.
Geddel disse, ainda, não ter entendido por que o Governo do Estado não providenciou logo uma quantidade de vacinas suficiente para atender as necessidades de toda a população: “Se está morrendo gente de todas as idades, por que essas vacinas, que chegarão apenas em janeiro, atenderão somente as crianças de até 5 anos?”. Para ele, diante da gravidade da situação, essas perguntas deveriam ser respondidas pelo próprio governador a toda a população.
O ministro encerrou o seu comentário observando, “com tristeza”, que mais uma vez era “obrigado a tratar do que a Bahia vem deixando de conquistar, porque nossa realidade tem sido muito mais de recuos do que de avanços, muito mais de perdas do que de conquistas”.
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