O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta quarta-feira a convocação de uma Assembleia Constituinte para elaborar uma nova legislação eleitoral para o país, como uma forma de evitar escândalos de corrupção como o que supostamente envolveria o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda.
Pouco antes de deixar a cidade de Kiev, na Ucrânia, em direção à Alemanha, o presidenteconversou com repórteres brasileiros e classificou o caso como como “deplorável”.
“Eu acho deplorável para a classe política (…) Quando seria muito mais fácil a gente votar a reforma política, moralizar o funcionamento dos partidos políticos, moralizar o processo eleitoral” disse o presidente.
“Isso merece uma outra discussão profunda. Os partidos deveriam estar defendendo nesse momento, depois das eleições de 2010, uma Constituinte específica para fazer uma legislação eleitoral para o Brasil. Não é possível continuar do jeito que está”, disse.
Na última terça-feira, Lula havia evitado fazer maiores comentários sobre as denúncias, afirmando que elas seriam “assunto da Polícia Federal”.
Pouco antes, ele havia afirmado que as imagens que mostrariam Arruda e pessoas de seu governo recebendo dinheiro “não falam por si”.
Impeachment
Também nesta quarta-feira, foram protocolados novos pedidos de abertura de processos de impeachment contra Arruda na Câmara Legislativa do Distrito Federal.
Um dos pedidos foi protocolado por representantes do PSOL e outro pelo pastor Oséas Rodrigues, da Ordem dos Ministros Evangélicos do Gama, cidade do DF.
Na terça-feira, outros dois pedidos já haviam sido feitos por dois advogados.
Nesta quinta-feira, o conselho da seção da OAB do Distrito Federal também analisa se entra com um pedido de impeachment contra Arruda.
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