População de Itabuna recebe geladeiras de baixo consumo

Enquanto os líderes mundiais se reúnem na conferência do clima, em Copenhague, e não chegam a um acordo sobre como reduzir o aquecimento global, na Bahia, uma ação simples mostra como a união entre o poder público e a iniciativa privada pode ajudar a resolver o problema. Através da parceria entre o Governo do Estado e a Coelba, 512 moradores de Itabuna receberam, nesta quarta-feira (16/12/2009), geladeiras novas de baixo consumo de energia e que não utilizam o CFC, gás que destrói a camada de ozônio.

“Com essas, já são 12 mil geladeiras entregues em toda a Bahia. O Governo do Estado entra com a isenção do ICMS, a Coelba com os recursos do programa de eficiência energética e os beneficiados com R$ 120”, explicou o governador Jaques Wagner, que participou da cerimônia de entrega dos refrigeradores. Ele ressaltou que, as geladeiras novas vão dar mais conforto e gerar economia na conta de luz.

De acordo com o presidente da Coelba, Moisés Sales, a economia, em alguns casos, pode chegar a 70% do valor da conta. “As geladeiras têm o selo Procel de eficiência energética, são as mais econômicas fabricadas no Brasil,” garantiu. A Coelba investe 0,5 % do faturamento líquido no programa de eficiência energética.

Para receber a geladeira nova os interessados tinham que morar em bairros populares, consumir mais de 80Kwh/mês, possuir um refrigerador em estado precário de funcionamento, ser maior de 18 anos, não ter débitos com a Coelba e, na hora do recebimento, entregar a geladeira velha.

Carroça

Na fila para entrega do equipamento antigo, geladeiras enferrujadas, sem um dos pés, com portas que não fecham e precisam ser amarradas para garantir a refrigeração. “Eu pago R$ 60 de conta de luz e lá em casa só tinha essa geladeira, liquidificador e uma televisão, que não é muito utilizada. Em três meses o dinheiro que vou economizar vai cobrir o que paguei, depois é só lucro,” comemorou o agricultor Cláudio Rebouças, que, na falta de um carro, levou a geladeira de carroça. “O índio, meu cavalo, já tá acostumado a puxar peso. Daqui até em casa são 40 minutos, ele trouxe a velha e agora vamos levar a nova. No fim do caminho tem uma ladeira, mas não tem nada não, vai valer a pena, se ele quiser posso até dar uma água gelada para ele agora”, brincou.


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