Queda de preços do arroz e do feijão leva cesta básica a ficar mais barata em 2009

São Paulo – A queda dos preços do arroz e do feijão nas 17 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), da carne, em 16, e do tomate, em 14, é apontada como a principal causa da queda do custo da cesta básica no ano passado em 16 cidades. A cesta só ficou mais cara em Belém (2,65%), de acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica, realizada mensalmente pelo Dieese.

Os preços caíram mais em João Pessoa (-14,92%), Natal (-12,57%) e Aracaju (-12,47%) e a menor, em Vitória (3,71%).

Segundo a pesquisa, as quedas mais expressivas do preço do arroz ocorreram em Aracaju (-30,14%), Belém (-22,30%) e Vitória (-4,71%). No caso do feijão, a queda variou entre -50,48%, em Goiânia, e -26,69%, em Natal. O preço do tomate caiu mais de 10% na maioria das capitais onde houve queda – os números mais significativas foram os de João Pessoa (-54,84), Natal (-52,42%) e Recife (-47,96%).

A carne, item de maior peso na cesta, aumentou somente em João Pessoa (4,57%). Os destaques na queda de preços da carne foram Florianópolis (-15,92%), Goiânia (-12,98%), Rio de Janeiro (-1,49%) e Vitória (-10,48%).

De acordo com José Maurício Soares, técnico do Dieese, a queda dos preços em 2009 ocorreu porque no ano anterior os preços aumentaram muito. Então, o custo vem sofrendo ajustes. “Mas ainda há espaço para que osreços caiam mais, principalmente o tomate, que ainda está muito caro”. Soares disse, entretanto, que não se pode afirmar categoricamente que haverá mais retrações. “Existe o aumento do combustível, que influencia nos preços.”

Ele ressaltou que o custo da cesta básica subiu em Belém devido à ocorrência de algum problema de abastecimento, que refletiu principalmente no tomate, que aumentou nessa capital e caiu nas demais cidades. “Foi ainda a segunda maior alta no açúcar e a terceira na banana.”

Soares disse que, ao calcular o custo da cesta, é preciso observar as diferenças regionais, já que no Nordeste e no Norte, por exemplo, a batata não tem o mesmo significado que tem em outras regiões. Há também diferença no consumo da carne, que, no Sudeste, chega a 6 quilos por pessoa ao mês, no Sul, é de 6,6 quilos e, no Nordeste, de 4,5 quilos. “Essa diferença também interfere no preço”, concluiu.


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