Talento. O que é ter talento? “Capacidade inata para a realização de certas coisas”, diz a versão digital do Aulete. Então, os talentos são importantes para a evolução da vida em sociedade, certo? Todos sabem lidar com seus talentos inatos, explora-os e mostra-os, melhorando a sua própria vida e das pessoas ao seu redor? Seria bom se fosse simplório e se a mediocridade imperante maciça não sufocasse os inteligentes notáveis.
Ser alguém com um talento em qualquer área do saber sempre foi algo angustiante na vida dos gênios desde que o mundo é mundo. Quantas boas ideias foram enterradas com seus idealizadores? Quantos inventos foram roubados e apresentados ao mundo por farsantes os quais ganharam todos os holofotes e, principalmente, destruíram sonhos, esperanças e cérebros esplêndidos? Quantos gênios estão escondidos das ferramentas de divulgação do mundo moderno e, portanto, jamais serão exibidos à sociedade?
Fico imaginando como seria a vida se todos os dias nós conhecêssemos pessoas inteligentes com pensamentos evoluídos e bons inventos. Fico pensando se seria tão frenética essa busca por conhecimento que fazemos diariamente através de vários instrumentos como livros, internet, escolas. Fico sonhando se a sensação de emburrecimento desapareceria de minha mente quando fico alguns meses longe de algum curso seja para meu aprendizado pessoal ou profissional. Fico construindo um mundo utópico com um ser humano racional e distante das barbáries tão comuns aos noticiários.
Mas, ao abrir os olhos para a vida real, o que vejo? Pessoas medianas com pose de inteligentes e talentosas. Pessoas invejosas que desacreditam os parcos talentos diante dos seus colegas. Pessoas pequenas acreditando serem grandes movidas por uma sensação de importância por conhecerem pessoas influentes ou estarem enquadradas num padrão de beleza escravo. Pessoas talentosas diminuindo-se para a mediocridade a fim de conseguirem aceitação coletiva. Pessoas geniais amarradas ao padrão de vida considerado “normal” para não serem diferentes e automaticamente rejeitadas.
Talento! É bom ter talento? Como se pode trabalhar um talento? Como não deixá-lo morrer diante da negatividade dos medíocres. Como descobrir um talento? Eu só sei que a dura rotina e os nossos pares nem sempre são bons conselheiros. Talvez as melhores respostas estejam dentro de nós mesmos e a voz da consciência juntamente com a esperança sejam boas referências à nossa vida.
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