No município de Antônio Gonçalves, Nordeste do estado, a 392 quilômetros de Salvador, foi inaugurado hoje, quinta-feira (25/02/2010), o Sistema de Abastecimento de Água que está atendendo as localidades rurais de Caldeirão do Mulato, Jibóia, Barra, Brejo do Coelho, Carminha, Santana, Poço D’água, Macaco Atravessado, Favelo, Conceição e São João, localidades que antes não tinham acesso à água ou eram abastecidas de forma alternativa, através de chafarizes.
Mais de 9 mil pessoas foram beneficiadas com a construção de uma adutora de 39 mil metros, estações elevatórias e de tratamento, três reservatórios, 13,5 mil metros de rede de distribuição e 508 ligações domiciliares. O investimento, com recursos do Governo do Estado, foi de R$ 3,1 milhões.
A obra executada pela Embasa também ampliou o sistema de abastecimento de água da sede municipal de Antônio Gonçalves, possibilitando estender o serviço a mais pessoas, atendendo à crescente demanda do município. A ampliação compreendeu a implantação de uma estação elevatória, três filtros russos, cada um alimentando com 10 litros por segundo (l/s), um reservatório apoiado, com capacidade para acumular 650 metros cúbicos (m³), e um reservatório elevado de 150 m³.
Segundo o presidente da Embasa, Abelardo de Oliveira Filho, a empresa é responsável pela realização de 339 ações do Programa Água para Todos, que envolvem melhoria, ampliação e implantação de sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário. “Este sistema, em Antônio Gonçalves, é uma das 126 obras concluídas e temos mais 123 em andamento”, explicou. As ações de saneamento da Embasa já atingiram 261 dos 417 municípios baianos, beneficiando quase 2 milhões de pessoas.
Durante o evento realizado na cidade, ainda foi anunciada a autorização para perfuração de poços artesianos em Mocambo, para levar água a mais de 200 habitantes da comunidade.
Qualidade de vida
Na sede de Antônio Gonçalves, moradores estão recebendo água de qualidade e em maior quantidade, como afirma o agente de saúde, Evanoel Matos de Oliveira: “ A água tinha cor turva e não podia ser colocada no filtro antes de esperar dois, três dias até que ela decantasse. Agora ela sai direto da torneira para filtrar, pois tá clara e boa. E cai todo dia”.
Na Rua dos Passos, local desprovido de infraestrutura de Antônio Gonçalves, Lucineide Henrique dos Santos, 37 anos, e seus nove filhos bebiam água retirada diretamente do rio que corta a cidade. “Mesmo quando chovia e a água ficava barrenta, a gente bebia assim mesmo, sem filtrar”, disse. Sua mãe, algumas vezes, chegava a colocar água sanitária na água procurando melhorar seu aspecto antes de consumir.
Rosângela Melo da Silva, dona-de-casa e mãe de 5 filhos, da localidade de Jibóia, lembra que o almoço demorava a sair por causa do tempo que se gastava indo até o chafariz para encher os baldes d’água 5 ou 6 vezes por dia. “Agora que a gente tem água, o pessoal tá até colocando torneiras e chuveiros nas casas”, comemorou.
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