Jornalistas de mídia online e freelancers são os mais vulneráveis

Estudo lançado nesta terça-feira na sede das Nações Unidas em Nova York, mostra que nove freelancers foram mortos e outros 60 colocados em prisões em 2009; texto alerta para espionagem de governos sobre jornalistas na América Latina.

Um estudo do Comitê para Proteção de Jornalistas, lançado nesta terça-feira na sede das Nações Unidas em Nova York, revela que profissionais de mídia online e freelancers são os mais vulneráveis a ataques.

O relatório anual ‘Ataques contra a Imprensa’ mostra que nove freelancers foram mortos e outros 60 colocados em prisões em 2009. No total, 71 jornalistas foram assassinados no ano passado em todo mundo devido à profissão.

Presos

O Comitê analisa casos em mais de 100 países e ressalta o massacre de jornalistas nas Filipinas, o aumento da violência na Somália e a repressão iraniana sobre a liberdade de expressão como os principais fatores do ano passado.

Segundo o diretor executivo do órgão, Joel Simon, o Irã mantinha 23 escritores e editores presos em dezembro no país, número inferior apenas à China.

Simon afirmou que os líderes iranianos trataram a mídia como parte de uma conspiração internacional para enfraquecer as eleições presidenciais e derrubar o regime do presidente Mahmoud Ahmadinejad. A prisão de jornalistas teria sido resultado dessa postura.

América Latina

O estudo do Comitê alerta ainda para a espionagem de governos sobre jornalistas na América Latina e a redução da liberdade de imprensa em toda a região.

No caso do Brasil, o órgão considera preocupante as ordens de censura por tribunais de julgamento que barram a cobertura da mídia de questões públicas importantes em processos pendentes.

Avanços

O Comitê cita mortes e ameaças e o caso da proibição da publicação de relatórios sobre um suposto escândalo de corrupção envolvendo a família do ex-presidente brasileiro José Sarney.

Segundo o estudo, o Brasil está na 13a. colocação na lista de impunidade. O órgão ressalta que o ranking reflete a longa trajetória de violência contra a imprensa no país, mas ressalta os avanços em levar à justiça os responsáveis por crimes.

 *Com informações da Rádio ONU.


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