Numa iniciativa inédita no estado, cerca de 20 obras raras, entre estas os seis sermões do padre Antonio Vieira e a Bíblia Sacra Arábica, que fazem parte do acervo da Biblioteca do Centro de Documentação e Pesquisa do Livro Raro do Mosteiro de São Bento, foram disponibilizadas na íntegra na internet. Datados dos séculos 16 a 19, todas as publicações foram restauradas e digitalizadas. A iniciativa foi um dos 120 projetos aprovados pelo Fundo de Cultura da Bahia.
De acordo com a coordenadora-geral do projeto, Alicia Duha Lose, a Bahia está seguindo a tendência de grandes bibliotecas mundiais ao disponibilizar na web livros raros, bastante procurados por estudantes e pesquisadores. Ela explica que, além de facilitar as pesquisas e o manuseio das obras, a digitalização possibilita maior conservação dos livros que já têm mais de 400 anos. Para selecionar as obras que seriam utilizadas, foram considerados o referencial histórico, a importância, a história do exemplar e o estado de conservação.
No total, a biblioteca possui 300 mil volumes, sendo que 13 mil são de livros raros e sete mil manuscritos. Os recursos de quase R$ 300 mil viabilizaram, ainda, a restauração completa e a implementação de programas de acesso às obras do acervo. A biblioteca rara do mosteiro é a segunda maior do país, perdendo apenas para a Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro.
“Este é um momento ímpar, porque o mosteiro faz parte da História da Bahia e sua biblioteca é uma das mais importantes do país. Com a digitalização, o seu conteúdo está disponível para todos, levando a informação de maneira mais moderna para estudantes de todo mundo”, afirmou o governador Jaques Wagner.
Os livros podem ser acessados no endereço http://www.saobento.org/livrosraros. Dentre as obras restauradas estão seis edições dos sermões de Antônio Vieira, datados de 1682, 1690, 1692 1710, a Seleção de Questões Disputadas sobre a Metafísica e os Ensinamentos de Aristóteles de Frei Josepho Saenz de Aguirre, datado de 1685 e a Colleção dos Breves Pontifícios e Leys Regias, que foram expedidos e publicados desde o ano de 1741, sobre a liberdade das pessoas, bens e comércio dos índios do Brasil.
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