Projeto Lanterninha leva cinema aos alunos da escola Pública

Com a proposta de formar público e tornar a experiência cinematográfica mais acessível a jovens, o projeto Lanterninha – Cinema e Educação em Movimento exibe filmes brasileiros para alunos do ensino médio de escolas públicas de Salvador. O projeto é desenvolvido em 11 escolas, localizadas nos bairros de Itapuã, Rio Vermelho, Piedade, Dois de Julho, Caixa D’Água, Águas Claras, Cajazeiras, Barris e Ribeira.

Durante os três anos de existência, mais de 15 mil alunos foram atendidos por meio de oficinas, mostra de filmes, participação em cineclubes, entre outras atividades. O projeto tem o patrocínio da Oi, por meio do Fazcultura, das secretarias estaduais de Cultura (Secult) e da Fazenda (Sefaz).

A primeira ação deste ano tem início na próxima quinta-feira (18/03/2010), às 14h e 16h, na Sala de Arte de Cinema do Museu de Arte Moderna (MAM), por intermédio do projeto Cinemam – A Cidade como Suporte, com alunos das escolas Parque (Caixa D´Água) e Aliomar Baleeiro (Pernambués). A ação se repete nos dias 24 e 31 deste mês, com alunos de outras escolas públicas de Salvador.

“O Lanterninha irá levar alguns dos filmes escolhidos pelos jovens para as sessões cineclubistas nas escolas, multiplicando o seu alcance”, afirma a coordenadora do projeto, Maria Carolina Gonçalves. Até o início de abril, o Projeto Lanterninha tem início nas escolas públicas, sendo a primeira a receber o projeto, a Escola Landulfo Alves, na Calçada.

Onze escolas participantes do projeto têm as reuniões cineclubistas retomadas com exibição de filmes, incluindo na programação produções baianas como “Estranhos”, de Paulo Alcântara, e “Eu me Lembro”, de Edgard Navarro. A novidade para este ano, é a realização de um festival de vídeo produzido pelos cineclubistas.

O projeto é um dos aprovados pelo Programa de Fomento à Cultura, da Secult. “O Fazcultura, a Oi e a Oi Futuro são os patrocinadores do projeto desde o seu inicio. Acreditaram na proposta de formação de público para o cinema brasileiro e de ocupação das escolas pela arte. Sem o patrocínio seria muito difícil dar continuidade as nossas ações. Queremos estender nossa proposta para o interior”, afirma Maria Carolina.

As ações do projeto acontecem de formas distintas, a começar pela criação de cineclubes dentro das próprias escolas. “A proposta de criar o cineclube é poder repensar o ambiente da escola tradicional criando um conteúdo maior, com novas linguagens da sociedade”, garante a idealizadora do projeto. “Dentro dos cineclubes, os jovens se movimentam e articulam idéias para um entendimento mais crítico na linguagem audiovisual”, explica Carolina.

Durante todo ano escolar, o projeto promove outras ações complementares com alunos e professores para realização de produtos audiovisuais, além do conhecimento técnico e teórico sobre a sétima arte. Em parceira com o Programa Mais Cultura do Ministério da Cultura e Conselhos Nacional de Cineclubes, o Lanterninha possui o empréstimo de mais de 126 títulos nacionais para exibição nas escolas. O programa usa o cinema como ferramenta de ensino na formação de platéia para o filme brasileiro, propondo a resignificação do ambiente escolar por meio da formação de cineclubes.

Fazcultura

Os interessados em apresentar projeto para patrocínio no Fazcultura precisam acessar o endereço http://www.cultura.ba.gov.br/apoioaprojetos, entender como funciona o programa e as etapas. No site também é possível ter acesso aos formulários. Depois disso, encontra-se uma empresa que queira realizar o patrocínio por intermédio da arrecadação fiscal.

“Os projetos são apresentados em formulário específico e analisados por uma comissão de especialistas. Se aprovado, as empresas que decidirem apoiar o projeto obtém incentivo fiscal”, explica o superintendente do Programa de Fomento à Cultura, da Secult, Carlos Paiva.

“O Fazcultura prevê o abatimento de até 5% do imposto a recolher, no limite de até 80% do valor total do projeto cultural. Para receber o abatimento é necessário que a empresa patrocinadora contribua com recursos próprios equivalentes a, no mínimo, 20% dos recursos totais transferidos ao produtor”, enfatiza o superintendente.


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