Diplomatas britânicos expressaram sua preocupação em pelo menos três ocasiões ao Departamento de Estado americano sobre a atitude dos Estados Unidos em relação às ilhas Malvinas (Falklands), informa hoje o jornal “The Times”.
Segundo o diário, os britânicos manifestaram sua inquietação e se viram obrigados a tomar tal atitude depois que, no mês passado, um porta-voz do Departamento de Estado se referiu às ilhas como Malvinas e não como Falklands, como o Reino Unido chama o território.
O citado porta-voz tinha respondido a uma pergunta sobre o assunto utilizando a frase “Ou as Malvinas, dependendo de como você veja”, diz o “The Times”.
O mal-estar do Reino Unido com a aparente indiferença do Governo do presidente americano, Barack Obama, aumentou depois que a secretária de Estado americana, Hilary Clinton, declarou apoio à presidente argentina, Cristina Fernández de Kirchner, para que travasse um diálogo com o Reino Unido sobre as ilhas, acrescenta o jornal.
A mais recente disputa começou depois que o Governo argentino manifestou seu mal-estar com o começo da prospecção de petróleo em águas próximas às ilhas Malvinas por parte de uma empresa britânica.
Segundo o “The Times”, diplomatas britânicos em Washington afirmaram publicamente que o assunto das ilhas foi abordado em “conversas amistosas” entre a embaixada do Reino Unido e o Governo dos EUA.
No entanto, há nos bastidores uma sensação de que a Administração de Obama não levou em conta a sensibilidade do Reino Unido neste assunto, diz o jornal.
De acordo com a publicação, fontes americanas disseram que os telefonemas e as reuniões com os britânicos não foram protestos formais.
Durante sua visita à Argentina, Hillary se mostrou disposta a mediar um diálogo entre os dois países sobre a disputa pelas ilhas.
A oferta da secretária de Estado foi feita depois que a presidente argentina pedisse sua intervenção como “país amigo” das duas partes.
Em resposta à prospecção de petróleo, a Argentina – que reivindica a soberania sobre as ilhas desde 1833 – estabeleceu que qualquer embarcação que transitar entre os portos continentais e as ilhas deverá pedir autorização prévia do Governo argentino.
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