Ex-governador Paulo Souto critica corte de horas-extras de policiais

O presidente estadual do Democratas, Paulo Souto, critica o corte de horas-extras dos policiais pelo governo estadual. “Nos últimos três anos e quatro meses, já são mais de 14 mil homicídios na Bahia, o que significa 11 assassinatos por dia. Numa situação crítica como a atual, o governo poderia estar aumentando a capacidade operacional das polícias com a simples medida de pagar horas-extras, mas não está fazendo isto”, disse o ex-governador em entrevista à Rádio Cultura, de Guanambi, nesta quarta-feira (19/05/2010).

O pré-candidato democrata ao governo baiano explicou que a ideia não é pagar hora-extra indiscriminadamente, o que seria demagogia. “Mas de efetuar o pagamento adicional aos policiais nas áreas em que sejam registrados os maiores índices de violência”. Para Souto, a medida é necessária porque a contratação de novos policiais demanda tempo para treinamento e o aumento da criminalidade não espera, cresce a cada dia no estado.

“Na atual situação de urgência, o pagamento de horas-extras aos policiais precisa ser feito para aumentar a capacidade operacional das polícias. Se o problema é financeiro, que sejam feitos cortes em outros setores, como o de publicidade, e transferidos os recursos para a segurança pública, que é uma área que afeta a vida de toda a população”, defendeu Souto.

Com presença confirmada nesta quinta-feira (20/05), em Santo Antonio de Jesus, o pré-candidato ao governo pelo Democratas destacou a necessidade da elaboração de um plano de combate aos homicídios na Bahia. “Não é possível conviver com a atual taxa de homicídios em nosso estado, que é superior a de São Paulo”. Na avaliação de Souto, é possível encontrar soluções para o problema da insegurança, desde que o governo transmita às polícias a importância que significa hoje reverter o atual quadro estarrecedor da violência no estado.