Além do contato com os empresários, Palocci afina discurso de Dilma, ganha força na campanha e carimba passaporte para o ministério.
Na quinta-feira (20/05/2010), o ex-ministro e deputado Antônio Palocci estará em Nova York ao lado da pré-candidata do PT ao Planalto, Dilma Rousseff, para prestigiar a entrega do prêmio de personalidade do ano da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos ao presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. Desde abril, quando Dilma deixou a Casa Civil para se lançar candidata, esta cena tem se tornado comum. Palocci é visto com frequência ao lado de Dilma, de quem é hoje um dos principais conselheiros. Engana-se quem pensa que o ex-ministro serve apenas de ponte entre o empresariado e a petista. Ele forma com o presidente do PT, José Eduardo Dutra, e o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel o triunvirato responsável pelos rumos da campanha. A influência de Palocci é tanta que petistas próximos a Dilma, ouvidos por ISTOÉ, dão como certa sua volta ao ministério, no caso de triunfo nas urnas em outubro. “Palocci é um quadro de grande importância no PT e na política brasileira. É, sem dúvida, um dos responsáveis pelo sucesso do governo Lula. Por isso, é natural que exerça um papel importante na campanha ou mais adiante”, disse à ISTOÉ o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP).
Desde que foi alçado à coordenação da campanha de Dilma, Palocci fala quase diariamente com a ex-ministra. Durante as reuniões do conselho político, ele ajuda a definir a agenda e sugere a linha dos discursos. Em outra frente, marca encontros com dirigentes de partidos e aproveita o bom trânsito com empresários e raposas do mercado financeiro para estreitar os laços destes setores, muitas vezes arredios, com a petista. Nada, no entanto, é feito sem consultar Dilma, de quem Palocci recebe instruções diretas. Foi com o consentimento da ex-ministra, por exemplo, que o deputado ajudou a organizar um jantar, em março, para a pré-candidata na residência do ministro da Fazenda, Guido Mantega. Reuniu numa só mesa Jorge Gerdau; Marcelo Odebrecht; Luiz Nascimento, da Camargo Corrêa; Luiz Trabuco, presidente do Bradesco; Benjamin Steinbruch, da Companhia Siderúrgica Nacional; Joesley Batista, do JBS-Friboi; Josué Gomes da Silva, filho do vice José Alencar e presidente da Coteminas; e Paulo Godoy, da Associação Brasileira das Indústrias de Base e do Grupo Alusa. Segundo petistas, o jantar foi um sucesso e rendeu frutos para a candidata de Lula. Ponto para Palocci. Interlocutor do ex-ministro sempre que vai a Brasília, Gerdau é só elogios: “O deputado Palocci é uma pessoa altamente qualificada. Acima da média, eu diria.”
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