Islândia quer virar santuário mundial da liberdade de imprensa

Enquanto as notícias se espalham rapidamente por meios digitais, jornalistas e veículos de comunicação sofrem um conjunto de ataques à liberdade de imprensa à moda antiga e restrições modernas ao acesso à internet, anotícias online e ao uso da web para a publicação de documentos classificados. Numa iniciativa que pode combater essas ameaças à liberdade de expressão, o parlamento islandês aprovou por unanimidade a criação de leis destinadas a proteger, de forma bastante abrangente, os meios de comunicação e as fontes que vazem informações confidenciais, informou o siteRenascença. A iniciativa requer mudanças na legislação atual para ampliar a proteção das fontes e poupar os jornalistas islandeses de ações judiciais por difamação iniciadas em outros países.

Que efeitos concretos isso teria no jornalismo ao redor do mundo? Jonathan Sray, do siteNieman Lab, diz que a iniciativa provavelmente fará pouco para livrar jornalistas estrangeiros de problemas legais, mas pode evitar que sites de notícias online sejam fechados caso seus servidores estejam localizados na Islândia. A Associated Pressaponta que veículos estrangeiros já demonstraram um “interesse substancial” em hospedar seus sites e centros de informações no país, segundo legisladores e autoridades da Islândia.

Isso poderia beneficiar um dos principais defensores da nova legislação: Julian Assange, o fundador da Wikileaks, o famoso site de vazamento de informações confidenciais que divulgou imagens de um ataque militar americano matando dois jornalistas no Iraque. O Guardian informou que Assange está fora dos Estados Unidos para evitar possíveis repercussões legais, nas cortes americanas, de seu envolvimento na divulgação de documentos classificados.

*Com informação do Centro Knight