Um dia antes de o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, assumir o governo, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, sinaliza que quer encerrar o impasse e reaproximar-se do país vizinho. A indicação foi o envio do chanceler venezuelano, Nicolás Maduro, à cerimônia de posse de Santos, marcada para as 15h em Bogotá (17h em Brasília). As informações são da agência BBC Brasil
“Nicolás vai à Colômbia”, afirmou Chávez, minutos depois de se despedir do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que visitou Caracas ontem (6). Os dois presidentes conversaram sobre a crise envolvendo a Venezuela e a Colômbia.
Depois de uma reunião a portas fechadas com Lula, Chávez disse estar “muito otimista” em relação à mediação da crise com Bogotá. “Lula leva uma missão [à Colômbia], que falamos bastante com ele e com o secretário-geral [da União das Nações Sul-Americanas, a Unasul] Néstor Kirchner, que foi a Bogotá. Estamos otimistas, só podemos adiantar isso”, afirmou Chávez.
Em tom bem-humorado, Chávez justificou a pressa do presidente brasileiro, que saiu de Caracas rumo a Bogotá, onde participa da posse de Santos e de um jantar de despedida do presidente colombiano, Alvaro Uribe. “Lula tem que correr, ele vai jantar com o Uribe”, afirmou Chávez.
O assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, afirmou que o envio de Maduro à posse de Santos era um gesto “era um passo muito importante” para a reaproximação dos dois países. “O primeiro passo é atenuar o conflito e gerar confiança”, afirmou Garcia.
Antes de comunicar o envio do chanceler a Bogotá, Chávez disse que Santos era um “soldado da paz”. “Mando saudações ao novo presidente da Colômbia (…) Nós somos soldados da paz, minha guerra é contra a miséria, contra a pobreza”, afirmou Chávez, acompanhado de Lula e do secretário-geral da Unasul, Néstor Kirchner.
A crise diplomática teve início em 22 de julho, quando Bogotá apresentou ao Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA) supostas provas sobre a presença de 1,5 mil guerrilheiros colombianos na Venezuela.
O presidente venezuelano negou as acusações e, em resposta, rompeu relações diplomáticas com a Colômbia. Para o governo venezuelano, as acusações, feitas a duas semanas do fim do mandato de Alvaro Uribe, são parte de uma “desculpa” para justificar uma intervenção armada da Colômbia em seu país.
*Com informações da Agência Brasil.
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