Funcionários das unidades do PSF estão maltratando a comunidade de Feira de Santana, diz vereador David Neto

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O vereador David Neto advertiu, na sessão desta terça-feira da Câmara Municipal, para um problema que se registra nas unidades do Programa de Saúde da Família, mantidos pela Prefeitura, em Feira de Santana. Segundo ele, o atendimento nesses postos de saúde tem sido bastante criticado pela comunidade, nos diversos bairros e localidades da zona rural. “Alguma coisa precisa ser feita para melhorar o atendimento. As pessoas estão nos  procurando para reclamar de que estão sendo muito maltratados pelos funcionários dessas unidades do PSF”, afirmou.

Ele disse que são 83 postos do Programa de Saúde da Família em Feira de Santana, responsáveis pela assistência de milhares de pessoas. “Trata-se de um serviço de grande relevância para o povo pobre; não podem, os funcionários que atuam no PSF, atender mal à população. Estamos atentos e vamos denunciar o que está acontecendo”, declarou David Neto.

Para o vereador, uma das medidas que devem ser adotadas de imediato, além de uma interferência do secretário de Saúde, junto às coordenações dos PSFs, é a participação dos políticos responsáveis pela indicação dos contratados. “Quem indicou deve chamar a pessoa que está trabalhando para uma conversa. Se não se enquadrar deve ser substituído”.
Lulinha reivindica mais estrutura para o bairro Conceição

O vereador Luiz Augusto – Lulinha – (DEM), hoje (24), em seu discurso proferido na tribuna da Câmara Municipal, reivindicou dos órgãos competentes pavimentação de ruas e construção de escolas públicas e unidades de saúde para o bairro Conceição, em virtude do crescimento populacional, mediante a instalação dos novos conjuntos habitacionais no local.

Lulinha disse que algumas vias públicas do bairro Conceição precisam de pavimentação asfáltica ou calçamento, sobretudo, a Rua Gameleira que, segundo ele, “é a principal rua da localidade, que dá acesso ao bairro Mangabeira, onde dezenas de condomínios estão sendo construídos”.

No tocante a área de educação, o edil salientou que as escolas não suportam mais a grande quantidade de estudantes da comunidade e dos bairros circunvizinhos. “No bairro Conceição, os estabelecimentos de ensino não têm mais vagas para esses novos alunos. A Creche Tio Jonas já está superlotada, bem como o Colégio Imaculada Conceição, Escola Eurico Franco de Lacerda e a Escola Jonathas Telles de Carvalho. Em vista disso, há uma necessidade urgente de novas escolas para atender a demanda”.

Na sequência, o vereador solicitou mais unidades de Programa de Saúde da Família (PSF), enfatizando que cerca de 600 famílias passaram a residir no bairro e centenas delas ainda estão pra chegar, em virtude dos conjuntos habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida.

Frei Cal cobra cobertura de piscina desativada

O vereador Carlos Alberto – Frei Carlos – (PMDB), hoje (24), durante seu discurso na Casa Legislativa, solicitou, em caráter de urgência, a cobertura da piscina existente na sede do Centro de Apoio Psicossocial (CAPS II), localizado na Rua Domingos Barbosa de Araújo (Centro). De acordo com o edil, desde março deste ano, uma indicação com esta finalidade foi encaminhada ao secretário Municipal de Saúde, Rafael Pinto Cordeiro, mas até a presente data nenhuma providência foi tomada.

“A piscina do CAPS II está desativada e descoberta. A situação pode provocar acidentes com funcionários e pacientes que frequentam o local. Também a água da chuva acumula-se favorecendo a proliferação do mosquito causador da dengue”, alertou Frei Cal.

Na oportunidade, o vereador ressaltou que suas indicações estão sendo atendidas em outras secretarias municipais. Partindo dessa premissa, ele disse que espera uma resposta satisfatória do secretário Rafael Pinto, enfatizando que, ontem, mais um ofício foi encaminhado a Secretária de Saúde com o mesmo teor de reivindicação.

Vereadores travam mais um debate sobre homenagem a Lucas da Feira

O debate sobre a possível homenagem a Lucas da Feira volta a ser tema de discursos na Câmara Municipal. Alguns vereadores são contrários ao reconhecimento, enquanto outros se manifestam favoráveis. Projeto propondo que uma rua no bairro Pedra do Descanso seja batizada com o nome do escravo que cuja história virou lenda no município foi rejeitado, recentemente, mas pode ser reapresentado no exercício do ano que vem.

Os vereadores Marialvo Barreto e David Neto, que divergem sobre a proposta, travaram uma discussão, em plenário, sobre o assunto. Marialvo disse que todos sabem que Lucas praticou alguns crimes. Mas segundo ele, o falecido escravo não pode ser crucificado a vida inteira por isto. “Sua resistência merece reconhecimento. Chegou a ter oito bandos. Não poder sequer perdoá-lo nesse processo é um erro. Queiramos ou não, ele faz parte da história da cidade” afirmou.

De acordo com estudos sobre o escravo fugitivo, lembrou Marialvo, Lucas confessou seu crime mais grave. “Ele chorou por ter estuprado e assassinado uma mulher. Os crimes atribuídos a Lucas, um por um, tenho anotado. Quase todos foram de pessoas que tentaram entregar seu esconderijo”.

O vereador David Neto pensa diferente. Para ele, com os crimes atribuídos a Lucas, entre homicídios e assaltos, o escravo não pode ser alvo de uma homenagem aprovada pela Câmara. “Sou contra prestar reconhecimento oficial a alguém que tenha praticado tantos crimes”, comentou.

O vereador Carlos Alberto Costa Rocha, Frei Cal, que é negro e defende o reconhecimento a Lucas da Feira, entrou na discussão para apresentar seu ponto de vista. “É muito mais fácil chamar Lucas de criminoso do que aqueles que os que escravizaram. A escravidão foi o maior ato de criminosos no país”.

Também o vereador Getúlio Barbosa disse que votaria favorável à homenagem, se estivesse presente na sessão em que o projeto foi discutido. “Ninguém pode negar a luta de Lucas contra o sistema vigente de escravidão. Rebelou-se e contribuiu para a conscientização. Frei Damião foi endeusado no Nordeste e foi dos que mais defenderam bandidos. Padre Cícero era ligado ao crime”, exemplificou.

Vereador propõe indicação coletiva ao Executivo para destinar recursos, no Orçamento Municipal, para eventos tradicionais

O vereador Antônio Carlos Passos Ataíde, presidente da Câmara Municipal, está preocupado com o futuro de alguns eventos populares de grande tradição em Feira de Santana. Em visita a comunidades da zona rural, recentemente, ele observou que festas religiosas que acontecem há muitos anos estão sucumbindo à falta de apoio oficial.

“Estive presente à festa de São Roque, padroeiro daquela comunidade, e também em Jenipapo, em Bonfim de Feira. Em São Roque, sequer a igreja foi pintada. Sei que o administrador do distrito deve ter feito seus esforços, mas com essa proibição da liberação de recursos pela Prefeitura, para eventos festivos, deve ter havido muita dificuldade”, disse ele.

O presidente da Câmara propõe uma indicação subscrita por todos os vereadores ao prefeito Tarcízio Pimenta com o objetivo de sensibilizá-lo a aprovar uma emenda orçamentária, para o próximo exercício, contemplando os eventos de grande tradição no município com recursos que possam viabilizar as despesas básicas desses acontecimentos.

“É uma forma de impedir que esses festejos sejam extintos”, disse Carlito do Peixe, como é mais conhecido. Ele reiterou que não responsabiliza os administradores distritais pelos problemas de organização.

O vereador Luiz Augusto disse que, no caso da festa de São Roque, o administrador encaminhou ofício às secretarias competentes pedindo a estrutura necessária. “Se algumas secretarias colocam dificuldades para atender, não é culpa do administrador”, afirmou.

O vereador José Sebastião declarou que se for para pintar igrejas católicas, será necessário fazer o mesmo com as evangélicas. “As igrejas católicas também arrecadam com seus fiéis”, observa.


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