A presidenciável Dilma Rousseff fez recentes declarações à imprensa na qual reforça sua vinculação política com o governador petista Jaques Wagner. Com tal declaração Dilma deixa o candidato do PMDB ao governo, Geddel Vieira Lima, totalmente à deriva. Geddel se disse surpreso com a nova postura da petista.
“A Dilma que eu conheci e apoiei quando José Serra estava com mais de 40% das intenções de voto nas pesquisas era uma pessoa muito firme, inclusive porque veio à minha convenção e concordou com o acordo das direções nacionais do PT e PMDB nos estados (duplo palanque). Se mudou de posição, cabe a ela responder.”
Entretanto, o candidato peemedebista adiantou que se for eleito e Dilma também, não haverá qualquer constrangimento na relação dos dois. “Da minha parte, a parceria com o governo Lula e ela é sólida”, garante.
Aleluia não se surpreende com ingratidão de Dilma a Geddel
“A ingratidão de Dilma Rousseff a Geddel Vieira Lima não deveria surpreender ninguém. O que se pode esperar de uma senhora que abandona e deixa estourar nas mãos da fiel e leal amiga Erenice Guerra, ex-secretária executiva e substituta como ministra, os escândalos da Casa Civil da Presidência da República”, comenta Aleluia, candidato da coligação “A Bahia Merece Mais” (DEM/PSDB) ao Senado Federal, a respeito da declaração da candidata petista à Presidência da República sobre a preferência dela por Jaques Wagner na disputa pelo governo baiano, preterindo o aliado peemedebista.
Para Aleluia, Geddel foi muito generoso quando avaliou o caráter de Dilma. “Não dá para acreditar numa pessoa que chegou a colocar no currículo que tinha mestrado e doutorado, quando não possuía diploma de nenhuma dessas pós-graduações. O mestrado e o doutorado de Dilma são em desfaçatez. Agora mesmo ela não perdeu a oportunidade de dizer que não teria indicado seu braço direito Erenice Guerra para substituí-la como ministra da Casa Civil, em mais uma demonstração de menosprezo à inteligência do povo brasileiro”, afirma.
Dilma grava imagens para último programa eleitoral em Salvador
O fim de tarde no Farol da Barra em Salvador foi escolhido como cenário para falar a população nos momentos finais de campanha. Este foi o motivo da rápida passagem da candidata à Presidência da República, Dilma Rousseff pela capital baiana na tarde desta terça-feira (21).
De acordo com a própria candidata, Salvador foi escolhida para gravação de boa parte do seu último programa eleitoral, por representar o “inicio” do Brasil. Apesar da passagem rápida e objetivos definidos, a candidata pelo Partido dos Trabalhadores reservou alguns minutos para conversar com a imprensa, que lotou o local.
Questionada sobre o apoio oficial da candidata no Estado, Dilma foi enfática e descartou qualquer apoio a outro candidato que não seja o governador Jaques Wagner, “Neste momento eu tenho apoio claro a Jaques Wagner. Geddel nós apoiamos, mas pelas pesquisas, não está bem situado. Tudo indica que a disputa é entre os dois primeiros (Wagner e Paulo Souto). Por isso eu tenho um candidato: Jaques Wagner”, afirmou.
O presidente estadual do PT, Jonas Paulo, que também é coordenador da campanha de Dilma na Bahia, acompanhou as gravações e a coletiva da candidata à imprensa e afirmou “Nós montamos nossa campanha em sintonia fina com a estratégia nacional, pois sempre acreditamos que a Bahia tem um papel estratégico na disputa presidencial. E nós que participamos desse projeto liderado por Lula, desde a sua gênese, não poderíamos agir diferente” disse.
O presidente lembrou também que o partido sempre buscou “aglutinar” todas as forças da coligação nacional “Quem está alinhado com o projeto nacional e não está alinhado no Estado é porque não quis e, agora, está purgando a opção incorreta de se contrapor ao projeto nacional”, o presidente finalizou otimista “Estamos confiantes na possibilidade de vitória no primeiro turno e vamos trabalhar com serenidade buscando atingir a meta de dois milhões de votos para Dilma. O objetivo é vencer as eleições estaduais no primeiro turno conquistando a reeleição do governo e as duas vagas ao senado”, afirmou.
Para Jonas Paulo, voto casado irrita César
Em resposta as declarações dadas pelo senador César Borges (PR), ao comentar que a sua candidatura chega à reta final “muito bem… e que, Lídice da Mata foi esquecida”, o presidente estadual do PT, Jonas Paulo reagiu: “O candidato busca tergiversar e criar cizânia no intuito de salvar a sua candidatura, mas, na verdade, ele sente o impacto do voto casado (Lídice e Pinheiro) ao senado – dados comprovados em todas as pesquisas espontâneas que indicam o avanço dos candidatos com mais que o dobro das intenções e com pouco mais de 40% de eleitores indecisos nas pesquisas estimuladas-, César Borges, portanto, sente o efeito da onda vermelha, da presença de Lula, Dilma e Wagner e do crescimento vertiginoso dos nossos candidatos ao senado”, afirmou.
O presidente que sempre esteve presente nos eventos exclusivos promovidos pela coordenação de campanha dos dois candidatos que acontecem pelo interior do Estado, reafirmou que a estratégia do voto casado sempre foi uma prioridade “Nós nunca tivemos dúvidas de que a estratégia vitoriosa no senado é a do voto casado. É assim que estamos fazendo durante as visitas pelo interior. Nós temos a clareza da importância do senado para o Governo Federal, por essa razão, trabalhamos para ampliar a presença da esquerda naquela casa, para não termos “surpresas”; como na votação dos recursos para o SUS via CPMF e, até, a proposição de impeachment para Lula com apoio de aliados “eventuais”, ironizou Jonas Paulo.
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