Centro de Educação Especial de Caetité será inaugurado

A Bahia ganha mais um novo Centro de Educação Especial. O secretário da Educação do Estado da Bahia, Osvaldo Barreto, inaugura nessa quinta, 9 de setembro de 2010, o Centro Estadual de Educação Especial Professora Ielita Neves Cotrim da Silva, em Caetité. Ainda no município, o secretário visita o Centro Estadual e Territorial de Educação Profissional do Sertão Produtivo.

Voltado ao atendimento dos estudantes com necessidades educacionais especiais, o Centro de Educação Especial tem uma infraestrutura dotada de rampas de acesso para usuários de cadeira de rodas; pistas táteis para deficientes visuais; sensores luminosos para surdos e salas de Braille, soroban e libra para apoio pedagógico, psicopedagógico e estimulação essencial. A instituição oferece, ainda, espaços para atividade de vida autônoma, salas de arte para alunos com altas habilidades (super dotação) e sala de orientação e mobilidade.

A unidade está capacitada para atender alunos com diversas síndromes, além de paralisia cerebral, Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e Transtorno Global de Desenvolvimento (TGD). “Nosso espaço atende a 150 alunos da cidade e da região e visa proporcionar aos alunos autonomia, socialização e apoio pedagógico necessários para a inclusão em salas de aula regulares. Trata-se de um marco histórico no sertão baiano”, considera a vice-diretora do Centro de Apoio Pedagógico de Caetité, Simone Cotrim Teixeira.

As novas instalações integram a política de expansão da educação especial no Estado, que incluiu, recentemente, as inaugurações do Centro de Educação Especial de Itabuna e o Centro de Educação Especial de Ipiaú. “O Centro de Caetité é importante para mim porque, além de eu aprender libra, a minha língua natural, me ajuda a aprender português e outros conhecimentos. Me emociono ao falar como desenvolvi minha aprendizagem. Sou feliz em estar aqui”, declara a estudante Hayala Rama Silva, 20 anos, estudante da 7ª série e portadora de deficiência auditiva.

Entre reformas e construções na Diretoria Regional de Caetité – que abrange 10 municípios e 21 escolas –, o investimento total foi de R$ 2,4 milhões, com recursos do Tesouro e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

Educação especial – Segundo dados do Censo Escolar, a presença de alunos com necessidades educacionais especiais nas salas das escolas da rede estadual aumentou em 78%. Enquanto em 2007 somavam 18.922, a Secretaria da Educação do Estado da Bahia chegou ao final de 2009 com 33.686 matrículas. O crescimento é atribuído à política de investimentos em formação de professores, contratação de 255 intérpretes e instrutores surdos, criação de centros de educação especial e de salas mutifuncionais nas escolas da rede e também da política de acessibilidade.

“Ao todo serão 12 centros de educação especial na Bahia e 432 salas multifuncionais. Quase um terço das escolas da rede estadual com uma sala específica para oferecer atendimento educacional especializado aos estudantes com necessidades educacionais especiais em horário diferente do turno letivo em que estudam. Os investimentos tiveram impacto direto na política de inclusão”, avalia o coordenador João Prazeres.

Municípios – Além disso, a Secretaria da Educação criou uma rede de educação especial em parceria com as Diretorias Regionais de Educação, universidades, municípios e ONGs e consegue oferecer formação em educação especial em 262 municípios. “Essa parceria tem como objetivo viabilizar a formação dos professores da rede pública para garantir o acesso e a permanência dos alunos com necessidades educacionais especiais nas escolas”, explica João Prazeres.

Segundo ele, a importância da rede é fazer com que os municípios estejam preparados para atender os alunos nas séries iniciais. “A educação especial não é uma modalidade paralela de educação. Ela é transversal a todos os níveis, etapas e modalidades de educação básica, por isso tem que haver uma parceria com os municípios para que eles estejam preparados para oferecer as séries iniciais”, destaca o coordenador de Educação Especial.