BNDES libera R$ 168,4 biloes em 2010

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Os desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) atingiram R$ 168,4 bilhões em 2010, o que representou aumento de 24% em relação ao ano anterior. O resultado considera a operação de capitalização da Petrobras, no valor de R$ 24,7 bilhões. Descontada essa operação – pontual e não recorrente –, os desembolsos do banco encerraram o ano passado em R$ 143,7 bilhões, com alta de 5% na comparação com 2009, um crescimento compatível com as projeções feitas anteriormente.

O setor da Indústria respondeu por 47% das liberações totais do banco, seguido por Infraestrutura, com presença de 31%, e por Comércio e Serviços, com 16%. Em todos os ramos de atividade (agropecuária, indústria, infraestrutura e comércio e serviços) houve crescimento nos desembolsos em 2010. Segundo o banco, o principal responsável por esse desempenho foi o Programa de Sustentação do Investimento (PSI).

Lançado em julho de 2009 e com vigência prevista até 31 de março próximo, o PSI garantiu a retomada do investimento no país em meio à conjuntura de crise econômica e financeira mundial.

A carteira de financiamentos do PSI superou R$ 120 bilhões em 2010, sendo R$ 87 bilhões em liberações. O programa elevou e diversificou a demanda por máquinas e equipamentos industriais, tanto é assim que os desembolsos da linha de Financiamento de Máquinas e Equipamentos (Finame), isoladamente, cresceram 119% no ano passado, somando R$ 52,7 bilhões. Isso significa que o Brasil retomou o crescimento sustentado pela expansão dos investimentos.

Performance positiva

A performance positiva se refletiu também no nível das aprovações do BNDES, de R$ 200,7 bilhões (crescimento de 18% na comparação com 2009), e das consultas, que atingiram R$ 255,9 bilhões (alta de 14%). Esses indicadores são determinantes do comportamento futuro dos desembolsos do banco.

O BNDES também fechou 2010 com volume recorde de operações de crédito. Foram realizadas cerca de 610 mil operações, resultado 56% maior que o do ano anterior. Desse total, 93% (568 mil) foi efetuado com micro, pequenas e médias empresas e pessoas físicas (MPMEs), o que revela o maior acesso e pulverização dos financiamentos do BNDES.

Em 2010, os financiamentos às MPMEs, de R$ 45,7 bilhões, quase dobraram de tamanho em relação ao ano anterior. Mais uma vez, o PSI, com taxas de juros altamente competitivas e focado nos financiamentos à aquisição de máquinas e equipamentos, teve papel de destaque nos investimentos das empresas de menor porte.

Cartão BNDES

O Cartão BNDES também foi um dos destaques de 2010, com 320 mil operações efetuadas (mais 84% em relação a 2009) e R$ 4,3 bilhões desembolsados (expansão de 74%).Voltado especificamente para as MPMEs, o Cartão BNDES é importante instrumento de democratização do crédito. Ele atingiu, no passado, índice de cobertura de 75% dos municípios brasileiros.

Da mesma forma, o Procaminhoneiro (destinado ao caminhoneiro autônomo e microempresa), com taxas de juros fixas em 4,5% ao ano, registrou desempenho recorde no valor de financiamento aprovado (R$ 6,6 bilhões, com alta de 470%) e em volume de operações (37,5 mil operações). Com isso, o programa contribuiu para a renovação da frota de caminhões do país.

O setor de comércio e serviços também vem ganhando importância relativa nos desembolsos do BNDES. Com R$ 27,1 bilhões em 2010, as liberações a este segmento aumentaram 56%.


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