A manutenção das estradas e o pedágio | Por Luiz Carlos Amorim

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Na volta da minha viagem para o norte do Estado, para ver o Festival de Música de Jaraguá do Sul – quinze dias de música erudita executada por orquestras e bandas sinfônicas, corais da melhor qualidade, distribuindo o vibrante som criado pelos grandes compositores por toda a cidade, fiquei mais uma vez indignado, desta vez com a falta de conservação da BR 101, principalmente no trecho do trevo de São Francisco até Barra Velha. Não é só esse trecho que está se deteriorando, vemos buracos abrindo e remendos toscos por toda a 101, mas naquele trecho a coisa está muito ruim.
Há diversos buracos no asfalto, dezenas deles, numa estrada na qual a gente paga pedágio para transitar. Então deveríamos ter uma estrada em bom estado, em ótimo estado, já que entra muito dinheiro para a empresa que recolhe o pedágio, considerando que a 101 tem um fluxo enorme. Mas não se vê ninguém trabalhando. O que se vê são buracos e mais buracos, que tendem a aumentar com a chuva e remendos mal feitos que estão se desmanchando, dando margem a mais crateras.
Não há ninguém para fiscalizar se as empresas que cobram o pedágio estão fazendo o seu trabalho? É só ganhar a licitação, começar a arrecadar o rico dinheirinho do contribuinte e para fazer o trabalho nas estradas, tão necessário para um mínimo de segurança, não há pressa?
De quem é a responsabilidade de verificar se a manutenção das estradas está sendo feita e se está sendo feita com a qualidade e presteza necessárias?
O DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte, não teria algum papel nessa fiscalização? Ou então, quem tem a responsabilidade de verificar se o dinheiro suado que o cidadão paga está sendo aplicado nas melhorias das estradas, para que sejam mais seguras? Precisamos cobrar mais a melhoria de nossas estradas. Afinal, pagamos pedágio para que? Apenas para enriquecer uns e outros?
Sabemos que o problema não ocorre só no trecho da 101 que corta o sul, que o estado de outras estradas é lastimável e perigoso, apesar de serem cobrados escorchantes pedágios.
Nossa presidente precisa intervir também neste problema, exigindo que se faça verificação de como e se estão sendo cumpridos os contratos feitos com as operadoras de pedágio, essas cornucópias que se espalham pelo Brasil, arrancando dinheiro de muitos para encher o bolso de poucos, sem que haja contrapartida.
*Por Luiz Carlos Amorim

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