Em Feira de Santana, vereadores da oposição tecem críticas a condução do aumento da tarifa do transporte público

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A reunião do Conselho Municipal de Transporte que, na última sexta-feira (18/03/2011), discutiu, entre outros assuntos, o reajuste na tarifa de ônibus coletivo do município, desagradou bastante os vereadores Marialvo Barreto (PT), Roberto Tourinho (PSB), Angelo Almeida (PT) e Frei Cal (PMDB). Nesta segunda-feira (21), em discursos na sessão da Casa Legislativa, os oposicionistas teceram duras críticas ao Governo Municipal e ao Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Feira de Santana (Sincol).

Marialvo disse que ficou envergonhado com a posição dos membros do Conselho Municipal de Transporte. “Em Feira de Santana tem um Conselho que opera para o Sincol. Como é que convocam uma reunião que não tem em pauta sequer uma análise de planilha e aproveita ‘o que ocorrer’ para aplicar um aumento de transporte na cidade?”, questionou.

Segundo o petista, foram apresentadas duas planilhas de preços. A Prefeitura sugeriu um aumento de R$ 2,37, enquanto que o Sincol sugeriu reajuste de R$ 2,42. Para Marialvo, “o que existe em Feira de Santana hoje é um esquema entre a Prefeitura e o Sincol para meter a mão no bolso dos passageiros do transporte coletivo”. Em sua opinião, o aumento da tarifa de ônibus é abusivo. “Mesmo que seja R$ 2,30 não vale. A cidade é plana, as linhas são curtas”, justificou o edil.

Roberto Tourinho também manifestou a sua indignação contra o possível reajuste da tarifa do transporte coletivo. “É um verdadeiro assalto se cobrar o que pretendem agora R$ 2,37 ou R$ 2,35 em Feira de Santana. É um reajuste fora da realidade. As empresas prestam um péssimo serviço, não cumprem horários, utilizam ônibus velhos, desrespeitam deficientes e idosos. Feira de Santana não pode tolerar e aceitar esse aumento”, declarou.

O legislador disse que ficou chocado com a reunião do Conselho Municipal de Transporte. “Uma reunião em que já estava praticamente tudo acertado. Lá estava o grupo do faz de contas, fazendo de conta que estava discutindo sobre o transporte coletivo. É lamentável o comprometimento do poder público com os empresários do transporte, nessa relação promíscua e incestuosa”.

Angelo Almeida, em seu pronunciamento, comentou sobre a nota do blog Aquibahia, intitulada “Ameaçado via twitter, Tarcízio vai à polícia”. Segundo o texto, “o prefeito Tarcízio Pimenta vai à polícia prestar queixa contra Jader Dourado, líder Movimento de Lutas nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB). De acordo com a queixa do prefeito, através do twitter Jader teria incitado a população à violência, chegando a ameaçá-lo. ‘Toda manifestação é normal, desde que obedeça às leis e seja pacífica. O que não pode é haver incitação à violência’, justifica o prefeito, também citando o vereador Ângelo Almeida (PT)”.

O petista afirmou que costuma tratar todos com respeito, inclusive o prefeito. “Quem não está tratando com respeito a população, estudantes e as mulheres desta cidade é o prefeito Tarcízio Pimenta. Isso pra mim é um sinal claro de um governo desequilibrado”, reclamou Angelo, acrescentando que os últimos reajustes da tarifa do transporte coletivo aconteceram nas vésperas da Micareta e do São João e que em menos de um ano já se cogitam um novo aumento.

“Se existe um Conselho, é da sociedade e não do prefeito”, declarou Almeida. Na sequência, ele informou que duas estudantes foram espancadas e jogadas ao chão na reunião do Conselho Municipal de Transporte, na última sexta-feira.

Tourinho vai apresentar substitutivo para projeto que beneficia idosos, gestantes e portadores de necessidades especiais

O vereador Roberto Tourinho vai apresentar um substitutivo para o projeto de lei que obriga agências bancárias e estabelecimentos comerciais – ou de prestação de serviços – em Feira de Santana a manter atendimento em guichês a disponibilizar assentos para idosos, gestantes, mulheres portando crianças e pessoas portadoras de necessidades especiais que aguardam na fila por atendimento pessoal.

A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara apresentou parecer contrário à tramitação da matéria alegando que já existe lei municipal que já prevê a obrigatoriedade em diversos locais, a exemplo de centros comerciais e teatros. “Eu decidi retirar o projeto de pauta. Vou apresentar um substitutivo especificando que a medida é exclusivamente para os bancos. Todos sabem das necessidades as quais me refiro. As agências não dão a mínima para a comodidade de seus clientes”.

Tourinho também retirou de pauta o projeto de sua autoria propondo a implantação, no Município, de uma política de prevenção e atendimento à gravidez na adolescência. Ele argumentou que o seu colega Marialvo Barreto já é autor de uma lei que contempla os seus objetivos, com a criação da Semana da Gravidez na Adolescência.


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