Segurança de usinas nucleares no Brasil será discutida em audiência pública na CMA

O diretor-Presidente da Eletrobrás Termonuclear (Eletronuclear), Othon Luiz Pinheiro da Silva, será convidado a falar no Senado sobre os quatro projetos de construção de usinas nucleares no Brasil, bem como sobre a segurança na utilização dessa fonte energética. Requerimento para a realização de audiência pública foi aprovado nesta terça-feira (15/03/2011) pela Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA).

A iniciativa é dos senadores Antônio Carlos Valadares (PSB-SE) e Jorge Viana (PT-AC) diante dos problemas na usina nuclear de Fukushima após o terremoto seguido de tsunami no Japão. Os senadores aproveitaram para manifestar solidariedade ao povo japonês pela tragédia.

Os parlamentares querem que o presidente da Eletronuclear esclareça o Senado e a sociedade brasileira acerca dos sistemas de segurança das usinas nucleares já instaladas, assim como planos de emergência em caso de acidentes; e do plano de expansão do programa nuclear brasileiro, com foco nos sistemas de segurança, prevenção de acidentes e armazenamento dos resíduos radioativos.

Depois dos acidentes na usina de Chernobyl, na Ucrânia, e agora em Fukushima, observou Antônio Carlos Valadares, os governos de países europeus passaram a rever os planos de instalação de usinas e as medidas de segurança das centrais nucleares.

Apesar de a geologia do Brasil ser bem diferente da do Japão, onde tremores de terra são comuns, Valadares disse querer saber a resepeito da segurança e continuidade do projeto nuclear brasileiro.

Na avaliação do senador Jorge Viana, o acidente no Japão demonstra que os mecanismos de segurança usados na geração de energia nuclear podem não ser tão seguros. Para ele, esses sistemas “estão em xeque”. O parlamentar lembrou que, embora seja um país com alto desenvolvimento tecnológico e preparado para enfrentar catástrofes naturais de grandes proporções, o Japão não conseguiu controlar as explosões na usina nuclear de Fukushima.

No Brasil, lembrou Viana, mais de dois por cento da energia provém de fonte nuclear.
– O Brasil deve se associar a outros países que estão querendo evitar que esse tipo de desastre aconteça no mundo – disse Jorge Viana.

Na opinião do senador João Pedro (PT-AM), as explosões na usina japonesa dizem respeito a todo o mundo.

– Estamos tratando não só do Japão ou do Brasil, mas do planeta terra. Precisamos discutir e tirar lições com uma postura tecno-científica – recomendou.

*Com informações da Agência Senado.


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