Abril da Dança movimenta a programação em três centro de cultura na Bahia

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No mês em que se comemora o Dia Internacional da Dança (29 de abril de 2011), a Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb), unidade da Secretaria de Cultura do Estado (Secult), realiza o ‘Abril da Dança’ para potencializar as ações de grupos e artistas que atuam em três centros de cultura administrados pela Fundação em Salvador.

Em sintonia com esse propósito, desta terça-feira (12) até o próximo dia 30, o Espaço Xisto Bahia (Barris), o Cine Teatro Solar Boa Vista (Engenho Velho de Brotas) e o Centro Cultural Plataforma sediarão a Mostra Baiana de Grupos Residentes. Espetáculos e atividades formativas, gratuitos ou a preços populares, compõem as produções contemporâneas da dança na capital baiana, numa ação de valorização do artista e de formação de plateia.

Cada grupo participante realizará três atividades, entre apresentações artísticas, oficinas, bate-papos ou palestras – uma acontecerá no local onde regularmente atua, e as outras nos demais centros envolvidos. A ideia é também favorecer o intercâmbio entre os artistas e os diferentes espaços de atuação, ampliando a visibilidade dos trabalhos, além de capitalizar novos públicos e potenciais apoiadores para os projetos.

O ‘Abril da Dança’ integra o programa Cessão de Pauta Gratuita, que visa ampliar o acesso dos artistas e produtores aos espaços culturais administrados pelo Estado e, ao mesmo tempo, dinamizar a programação. Os grupos serão beneficiados com ajuda de custo, no valor de R$ 1,5 mil, para os espetáculos, e ainda verba para criação e confecção de material de divulgação, registro em foto das atividades, além da renda da bilheteria revertida aos artistas.

“A ideia é que todos os envolvidos ganhem com a proposta. Os centros culturais ganham em dinamização de programação e gestão. Os artistas desenvolvem seus trabalhos em espaços propícios e o Estado realiza políticas públicas que buscam atender a uma demanda crescente da sociedade, aprimorando os programas de incentivo e de formação artística”, afirma o diretor de Dança da Funceb, Alexandre Molina.

Residência artística

No Brasil, a residência artística tem se mostrado eficiente meio de fortalecimento das redes produtivas e alvo das políticas públicas para as artes cênicas. Nos últimos anos, diversos grupos e artistas da dança buscam apoio dos espaços culturais para ter as atividades acolhidas em local adequado aos ensaios, reuniões e demais atividades.

“Penso que a residência artística em espaços públicos é especialmente importante ao proporcionar dinamização da programação do espaço, transformando o equipamento cultural num mecanismo de capacitação que contribui para o desenvolvimento do artista, além de favorecer relação mais próxima entre o artista e o Estado”, fundamenta Kátia Costa, coordenadora do Espaço Xisto, que abriga diversos grupos e artistas residentes temporários e permanentes.

Espaço Xisto

Entre os ocupantes temporários do Xisto, está o Grupo X de Improvisação em Dança, parceiro desde 2008, que promove diversas atividades e atualmente ocupa o local todas as segundas-feiras. Edu Oliveira, um dos oito integrantes do grupo, vê o Xisto como um espaço organizado que colabora para os trabalhos desenvolvidos pelos artistas.

“O principal desta relação é a abertura e a disponibilidade que o espaço tem para receber os artistas. Sempre procuramos o Espaço Xisto porque em Salvador é difícil encontrar local adequado capaz de nos acolher. Mesmo em momentos complicados, como na época em que estava em reforma, o Xisto nos oferece espaço para ensaiar”, resume Edu.

Solar Boa Vista

O Cine-Teatro Solar Boa Vista também possui grupos residentes. Um exemplo é o Rumpilé Cia. de Dança, presente na história do Solar desde 2003 com o projeto ‘População Cultural da Funceb’, que firmou residência a partir de 2008 quando o local foi transformado em Ponto de Cultura.

Desde então, trabalha para ampliar o acesso da população ao teatro e, principalmente, de oportunizar aos artistas da comunidade a formação em dança. Silvia Rita, diretora e coreógrafa da Rumpilé, atualmente com dez integrantes, acredita que a residência é importante para os artistas, população e centro de cultura. “O processo é bom e poderia ser ampliado, pois o Solar é um espaço bacana e necessita de novos olhares incentivando esta proposta”.

Em Plataforma

Já o Centro Cultural Plataforma abriga, desde 2008, o Grupo Cultural Herdeiros de Angola. “Levar a cultura para a comunidade e trazer as pessoas para o teatro é a nossa função como mobilizadores culturais residentes, o que é realizado por meio da parceria entre os Herdeiros, o Centro Cultural Plataforma, as escolas e a comunidade”, explica Maria Nauzina dos Santos, coordenadora do grupo.

Formado por mais de 100 pessoas, entre alunos de escolas públicas e moradores do Subúrbio Ferroviário, o Herdeiros de Angola promove, gratuitamente, oficinas de teatro e de dança para jovens e adolescentes, atividades de incentivo à leitura para o público infantil e aulas de alongamento para a terceira idade.


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