Benghazi (Líbia), 4 mai (EFE).- O vice-presidente do Conselho Nacional Transitório (CNT) líbio, Abdel Hafid Ghoga, afirmou nesta quarta-feira que o anúncio de que o procurador-geral do Tribunal Penal Internacional (TPI), Luis Moreno Ocampo, pedirá a prisão de três líbios poderá estimular a Otan a aumentar seus ataques no país.
Em entrevista coletiva concedida em Benghazi, Ghoga considerou que o anúncio de Ocampo “confirma as atrocidades cometidas pelo regime de Kadafi” e “sem dúvida tem relação com a operação da Otan, apoiada pela ONU”, cuja missão é proteger os civis “que continuam sendo atacados”.
Ocampo disse nesta quarta-feira no Conselho de Segurança da ONU que pedirá que sejam emitidas ordens de detenção “contra indivíduos que contam com a maior responsabilidade nos crimes contra a humanidade cometidos em território líbio”, embora tenha evitado fornecer detalhes sobre a identidade dessas pessoas.
“Todos sabemos quem são estes três indivíduos de quem (Ocampo) está falando”, assegurou Ghoga em Benghazi.
O vice-presidente do principal órgão dos rebeldes líbios não hesita que um deles seja Muammar Kadafi, “porque é o chefe das Forças Armadas e é quem está dando as ordens para atacar os civis”.
Além disso, “há outros indivíduos que poderiam ser incluídos nas categorias especificadas por Ocampo, como seus filhos e pessoas de seu círculo mais próximo”, acrescentou o representante do CNT.
Segundo Ghoga, as palavras do procurador-geral do TPI “confirmam os crimes do regime de Kadafi, que incluem os ataques contra alvos civis, como mesquitas e hospitais, e o emprego de armas proibidas e muito letais contra a população”.
Já o porta-voz oficial do Exército rebelde, Ahmed Omar Bany, destacou que a atuação das forças de Kadafi em Misrata, onde estão tentando evitar a chegada de ajuda humanitária, “poderia representar crimes de guerra”.
*Com informações da Deutsche Welle
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