Morro do Chapéu se prepara para mostra Circuitos Arqueológicos

Vista da sede da cidade de Morro do Chapéu.
Vista da sede da cidade de Morro do Chapéu.

Morro do Chapéu, a 390 km de Salvador, será a última cidade da Chapada Diamantina a receber a exposição “Circuitos Arqueológicos” do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia – IPAC, em parceria com o departamento de Antropologia da Universidade Federal da Bahia (UFBA). A mostra será aberta às 19h desta sexta-feira (08/07/2011), no centro cultural da cidade.

Wagner, Seabra, Iraquara, Palmeiras e Lençóis são as cidades que já tiveram suas próprias exposições. Geralmente são compostas por cerca de 40 objetos e documentos antigos restaurados pelas populações, além de 70 fotos de paisagens, cachoeiras, rios, serras e sítios de pinturas rupestres. Coberturas fotográficas feitas por crianças, adolescentes e adultos que participaram de oficinas de fotos, conservação, educação patrimonial e cursos de arqueologia complementam a mostra.

Morro do Chapéu deve integrar um dos oito roteiros culturais mapeados pelas equipes do IPAC e UFBA formada por educadores, arqueólogos, administradores, fotógrafos, restauradores, arquitetos, entre outros especialistas, além de agentes municipais e colaboradores locais. O resultado final é o Programa de Pesquisa e Manejo de Sítios de Arte Rupestre da Chapada Diamantina que propõe o desenvolvimento sustentável de alguns municípios dessa antiga região, tendo por base os seus patrimônios culturais, ambientais e paisagísticos.

A parceria entre IPAC e UFBA possibilitou mapeamento de 57 sítios arqueológicos, cujos resultados estão sendo exibidos desde abril por essas cidades. Desde 2008, pesquisadores da UFBA percorrem cidades da Chapada mapeando sítios arqueológicos com ajuda das prefeituras municipais e de moradores. Dessa etapa, eles conseguiram identificar e registrar sítios de pinturas rupestres e promover cursos para as populações.

Já o IPAC, autarquia da Secretaria de Cultura (SecultBA), fez levantamento dos patrimônios edificados da Chapada tombados como bens estaduais ou federais. Técnicos do IPAC também promoveram oficinas de educação patrimonial com moradores com objetivo de torná-los agentes multiplicadores e proporcionar a criação de grupos locais.

Segundo o diretor do IPAC, Frederico Mendonça, o “objetivo do programa é fazer com que os patrimônios arqueológicos passem a ser incluídos também no turismo cultural do Estado”. Para ele, as cidades da Chapada que detêm conjuntos arquitetônicos tombados pela União são divulgadas e têm infra-estrutura para recepção de turistas, enquanto os sítios arqueológicos ainda não dispõem desse perfil receptivo.

A expectativa é que quando forem implantados os Circuitos em parceria com prefeituras da Chapada, secretarias estaduais do Turismo, Educação, Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano, esses roteiros culturais possibilitem mais vetores de desenvolvimento sustentável através do turismo para os municípios dessa região.


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