Universidade alemã promove integração internacional há 20 anos

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Reaberta após a reunificação alemã, a Universidade Europeia Viadrina tinha como objetivo estabelecer uma ponte com o leste europeu. Em Frankfurt do Oder, a instituição reúne hoje estudantes de todo o mundo.

Quando foi reaberta em 1991, pouco depois da reunificação alemã, a Universidade Europeia Viadrina teve seu principal objetivo determinado pela localização geográfica. A instituição fica em Frankfurt do Oder, na fronteira com a Polônia. A intenção era que a universidade normalizasse as relações entre os dois países vizinhos, tensas há séculos.

Com a Viadrina, a pesquisa no leste europeu deveria ser levada a um novo patamar e a integração europeia deveria ser estimulada. “Essa é uma pretensão muito grande para a menor universidade do país”, reconhece sua vice-presidente, Janine Nuyken. “É impossível conseguir tudo isso, mas contribuímos muito para a convergência teuto-polonesa.”

Ponte para vizinhos

Baseada em três pilares – as faculdades de Direito, Estudos Culturais e Economia –, a Viadrina conquistou uma boa reputação internacional. Intercâmbios e projetos conjuntos com mais de 200 universidades estrangeiras demonstram a visibilidade atingida pela instituição alemã de ensino. Nenhuma outra universidade do país é tão internacional. Dos mais de 5 mil alunos, cerca de um terço são estrangeiros, de mais de 80 nacionalidades.

Enquanto a diretoria da Viadrina tenta encontrar um equilíbrio entre pesquisa e ensino, a indústria da região reconhece a importância da instituição. O investidor Christopher Nüsslein cita um exemplo bem prático. Em conversas com investidores estrangeiros, é fundamental que haja tantos falantes nativos na universidade. “Eles discursam sobre o lugar no próprio idioma dos convidados e isso sempre tem um efeito positivo e profissional sobre os investidores.”

Cooperação econômica

A cooperação entre indústria e universidade também suscita críticas. O prefeito da cidade, Martin Wilke, diz que diversas empresas de tecnologia se instalaram em Frankfurt do Oder, mas, infelizmente, a pesquisa relacionada à tecnologia nunca foi prevista para a Viadrina.
“Agora é preciso ver como colocar tudo nos eixos”, diz Wilke. “O desenvolvimento econômico da região, especialmente no campo das novas tecnologias, deveria ser acompanhado de pesquisa e formação adequadas.”

Enquanto isso, a propaganda da Viadrina será mantida, para atrair sobretudo estudantes poloneses. O sucesso da mensagem não é mais tão garantido como antes, pois hoje os jovens da Polônia podem escolher uma universidade em qualquer canto da Europa.
A Viadrina reúne estudantes de mais de 80 nacionalidades

Concorrência acirrada

“A Viadrina não é mais um ponto de partida natural para alemães interessados na Polônia e poloneses interessados na Alemanha”, explica o professor Werner Benecke. “Hoje ela concorre com grandes universidades na Europa e precisa pensar em alguma saída para se reposicionar no novo mercado.”

Assim, os próximos 20 anos também prometem ser agitados para a Viadrina – uma instituição que, na verdade, tem mais de 500 anos de idade. O príncipe alemão Joachim 1° fundou a chamada Alma Mater Viadrina, na cidade de Frankfurt banhada pelo rio Oder, em 1506, onde funcionou até 1811. Entre os estudantes mais famosos daquela época estavam os irmãos Humboldt, o compositor Carl Philipp Emanuel Bach e o poeta Heinrich von Kleist.

*Com informação : Deutsche Welle | Autor: Hardy Graupner (lf) | Revisão: Roselaine Wandscheer


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