Ocorreu no dia 24 de agosto de 2011, no Salão Nobre do Palácio Anchieta, em Vitória, a entrega do Prêmio Dom Luís Gonzaga Fernandes, em sua sétima edição.
Merece parabéns o Governador do Espírito Santo por incorporar o Prêmio Dom Luís ao calendário cívico do Estado. Promovendo o episódio festivo no primeiro ano do seu mandato, o Governador demonstra o propósito de assegurar ao Prêmio o sentido de permanência. Com essa decisão, a Administração de Renato Casagrande cria um fato político: nenhum Governo futuro suprimirá a efeméride, inclusive porque centenas de pessoas comparecem todo ano ao Palácio Anchieta para prestigiar a solenidade, como ocorreu neste ano. O Prêmio D. Luís Fernandes tem a marca do apoio popular. Casagrande, não apenas mantendo o prêmio, mas celebrando-o com solenidade e grandeza, demonstra sua sintonia com os novos tempos de Brasil cidadão.
O insight para criar este prêmio brotou na inteligência e no coracão do Padre Alberto Fontana, que logo teve o apoio de outras pessoas para essa ideia magistral. Recebendo a sugestão, o ex-Governador Paulo Hartung aprovou-a com entusiasmo.
Dom Luís Gonzaga Fernandes foi Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Vitória. Exerceu seu pastoreio ao lado de Dom João Baptista da Mota e Albuquerque, Arcebispo Metropolitano. Embora Dom João tivesse o título de Arcebispo e Dom Luís fosse Bispo auxiliar, essas denominações não traduzem dependência ou hierarquia. Bispo é Bispo e até o Papa define-se como Bispo de Roma.
Dom João Baptista é nome de Praça e é nome de Escola, homenagens ainda insuficientes se considerarmos tudo que fez pelo Estado. Mas o tributo prestado a ele está em bom tamanho – uma praça e uma escola –, já que Dom João não exerceu uma dessas profissões que colocam a pessoa perto das estrelas, quando elas colocam o prestígio do estrelato a serviço da manutenção do stablishment. Dom João foi bispo, e mais sério ainda, bispo comprometido com a transformação do mundo, a denúncia da injustiça, adepto da Teologia da Libertação. Dom Luís Fernandes, seguidor da mesma linha profética, nem mesmo nome de rua ou de escola teve. Só a criação do Prêmio Dom Luís resgatou sua memória, o que valoriza ainda mais a iniciativa da criação.
Neste ano o Prêmio Dom Luis Gonzaga Fernandes foi conferido a uma personalidade e a quatro instituições, a saber: 1- Elizete Sherring Siqueira, ambientalista (in memoriam); 2 – Instituto João XXIII (criação de corais infantis em bairros pobres); 3 – Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica (ambientalismo); 4 – Inspetoria São João Bosco – Centro Salesiano do Adolescente Trabalhador (educação gratuita de crianças e adolescentes pobres, dentro da tradição salesiana de Dom Bosco); 5 – Programa de Valorização da Juventude Rural, da Secretaria de Agricultura do Espírito Santo (programas educativos e sociais destinados a jovens do mundo rural).
*João Baptista Herkenhoff é professor da Faculdade Estácio de Sá de Vitória e escritor. Autor do livro Dilemas de um juiz – a aventura obrigatória (Editora GZ, Rio de Janeiro). E-mail: jbherkenhoff@uol.com.br Homepage: http://www.jbherkenhoff.com.br.
*Com informações: João Baptista Herkenhoff | jbherkenhoff@uol.com.br.
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