O capitão do navio Costa Concordia, Francesco Schettino, negou ontem (15/01/2012) as acusações de que teria deixado a embarcação sem prestar auxílio aos outros ocupantes e afirmou que só deixou o navio após terminar o processo de evacuação.
Schettino, de 52 anos, foi detido pela polícia italiana para interrogatório no sábado. Ele está sendo investigado sob a acusação de homicídio e de não prestar auxílio aos passageiros.
O navio de cruzeiro Costa Concordia naufragou na noite de sexta-feira (13), com cerca de 4.200 pessoas a bordo, incluindo mil tripulantes.
Em uma entrevista transmitida pela TV italiana, Schettino foi questionado se seguiu a regra máxima de que “o capitão é o último a deixar o barco”. “Fomos os últimos a deixar o navio”, ele respondeu às autoridades policiais.
O capitão disse ainda que, de acordo com as informações de que dispõe, as rochas que provocaram a ruptura do casco do navio e seu afundamento não teriam sido detectadas pelo sistema de navegação automática da embarcação. Segundo ele, as cartas náuticas não indicariam a presença de rochas no local. “Não deveríamos ter tido esse impacto.”
O presidente da Costa Crociere, empresa operadora do navio, Gianni Onorato, disse que o capitão teria feito uma manobra com a intenção de proteger os passageiros e os tripulantes, mas que ela não foi bem sucedida por causa da rápida inclinação do navio após o impacto.
Três sobreviventes são encontrados em navio mais de 24 horas após naufrágio
Três pessoas foram encontradas com vida dentro do navio de cruzeiro Costa Concordia, mais de 24 horas após o naufrágio na costa da Itália. Um casal de sul-coreanos em lua-de-mel foi retirado da embarcação na madrugada deste domingo. O terceiro sobrevivente foi um tripulante, localizado somente pela manhã e retirado no início da tarde, com uma suspeita de fratura na perna.
Até o momento, foram confirmadas três mortes no naufrágio – dois passageiros franceses e um turista peruano. Cerca de 40 pessoas ainda estão desaparecidas e 30 ficaram feridas, duas delas com gravidade.
O navio levava cerca de 4,2 mil pessoas, incluindo cerca de mil funcionários. A maioria dos turistas era italianos, alemães e franceses.
Também havia 53 brasileiros a bordo, sendo 47 passageiros e seis tripulantes. Segundo o Itamaraty, todos sobreviveram e estão a caminho de Roma ou Milão para providenciar documentos e voltar ao Brasil.
O capitão do Costa Concordia foi detido para interrogatório, enquanto a polícia italiana investiga como ocorreu o acidente, apesar das condições tranquilas do mar no momento do acidente.
A embarcação tombou na noite de sexta-feira (13), após se chocar perto da ilha de Giglio
Mergulhadores continuam tentando vasculhar as partes submersas do navio, que tombou lateralmente próximo à ilha de Giglio. A embarcação, operada pela empresa Costa Crociere, havia deixado o porto de Civitavecchia na manhã de sexta-feira para um cruzeiro de uma semana pelo mediterrâneo.
O presidente da Costa Crociere, Gianni Onorato, afirmou que o principal foco da companhia era dar assistência aos sobreviventes e levá-los de volta aos seus países. Ele afirmou ser difícil determinar o que aconteceu, mas afirmou que o navio sofreu um blecaute após se chocar com “uma grande pedra”.
A maioria dos sobreviventes foi levada no sábado a Porto Santo Stefano, já na porção continental da Itália, a 25 quilômetros de Giglio.
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