Com o patrulhamento realizado por membros das forças armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica) sociedade se sente confiante e rotina é reestabelecida. Quase a totalidade das casas comerciais de Feira de Santana, abriu as portas, nesta manhã de sábado (04/02/2012).
Violência e coerção
A violência que extravasou nos últimos dias evidencia um aspecto negativo na sociedade brasileira, a falta de um aparato de Coerção Estatal que iniba pela possibilidade de punição, os que afrontam o Estado Democrático de Direito, os que desrespeitam o Estado de Leis, e o direito do próximo. Além disto, falta educação familiar e formal.
O crime não compensa. Se observados os números de mortos e suas características sociais, percebe-se que a imensa maioria das pessoas mortas estavam, direta ou indiretamente, envolvidas com a criminalidade. Parte significativa dos homicídios é formada por jovens, com baixa instrução e com péssima estrutura familiar.
No Brasil existe punição e pena de morte. Os números apontam para um Estado que expurga da sociedade os maus, pela via do homicídio, que invariavelmente ocorre na calada da noite. A sensação de impunidade é verdadeira, pois, o Estado não tem punido através do aparato legal, mas, atraves do uso da força.
Parte da sociedade, reage à violência que lhe é praticada, devolvendo com violência. O que resulta em elevado número de mortos. O valor da vida, que em uma sociedade democrática é essencial, se dilui, desintegra. O que passa a valer é uma sociedade violenta e em boa medida bárbara.
Outro aspecto a ser levado em consideração, é que o cidadão, por menos favorecido socialmente que seja, tenta levar uma vida com dignidade, repudiando a violência. Na quinta-feira à noite, em Feira de Santana, não se via se quer pessoas que costumam pedir nas esquinas ou dormir sob as sacadas dos prédios. Todos, temendo por suas vidas, refugiaram-se em seus lares.
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