Adriana B. é acusada de cumplicidade no escândalo de corrupção e viagens às custas da montadora. Caso aberto desde 2005 demorou a ser concluído por falta de documentação brasileira.
Foi iniciado nesta terça-feira (27/03/2012) o último processo penal do caso de corrupção e desvio de dinheiro para prostituição e viagens de “lazer” na Volkswagen. A brasileira Adriana B., de 47 anos, é acusada de cumplicidade em malversação de recursos por ter embolsado mais de 250 mil euros da montadora por meio de supostas faturas fictícias entre 2002 a 2004. Adriana teria sido encarregada de fazer um filme publicitário que nunca foi entregue.
A brasileira era amante de Klaus Volkert, ex-chefe do conselho de empresa da Volkswagen, órgão que representava os trabalhadores. Volkert foi condenado a uma pena de 2 anos e 9 meses de prisão por malversação de recursos, por ter pago prostitutas e viagens de luxo com dinheiro da VW. Estima-se que Klaus gastou, apenas com Adriana, em cursos de línguas, viagens, voos e hotéis, cerca de 100 mil euros.
Adriana declarou que recebeu honorários da Volks para fazer os filmes e que estes teriam sido entregues a Volkert. E quanto às viagens, Volker a teria convidado. Ela acrescentou que teve um relacionamento com o alemão por sete anos, de 1998 a 2005, quando estourou o escândalo.
De acordo com a ex-amante, Volkert terminou o relacionamento por e-mail, depois que a esposa encontrou uma passagem aérea no nome de Adriana no bolso do paletó dele. Mas antes disso o relacionamento entre ambos teria sido sólido, afirmou a brasileira.
Ela não aceitara um acordo de um ano de liberdade condicional, proposto em julho de 2008. Segundo o porta-voz do tribunal, o processo demorou pela lentidão na entrega de documentação brasileira. Seu advogado disse antes de começar o julgamento que Adriana veio voluntariamente à Alemanha
O escândalo
O caso, que aconteceu em 2005 na Volkswagen, envolveu 14 acusados. Klaus Volkert embolsou ilegalmente quase dois milhões de euros, dinheiro vindo do departamento de recursos humanos. Volkert foi condenado por incitação e ajuda à malversação de recursos e por infração à lei que rege a representação dos trabalhadores nas empresas alemãs.
O então diretor de Recursos Humanos, Peter Hartz, foi condenado a dois anos de liberdade condicional e ao pagamento de uma multa de 576 mil euros. Hartz reconheceu em juízo que autorizou o pagamento de bonificações extras milionárias a Volkert para influenciar as decisões do ex-chefe do conselho da empresa.
*Com informação : Deutsche Welle
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